.
.
- Não continui, Jorge. Você pode brincar à-vontade com as palavras. Sabe todo o seu jogo, as malabarices que à sua sombra pode fazer. Eu porém, não. Sou nova e inexperiente. Nunca flirtei, nunca ouvi uma declaração de amor !
A minha qualidade de órfã sem fortuna afastava todos os pretendentes.
Essa música linda de palavras que me vem dizendo, é um hino novo para os meus ouvidos !
Cuidado! O que para você não passa de um entretenimento de ocasião, pode ir ferir um coração isento de afectos e destroçá-lo !
Não continui, peço-lhe. Pode fazer-me muito mal - já me fez tanto ! - terminou em voz baixa, como só para si.
O fidalgo soltou um grito de alegria.
Apertou com fervor as mãos que nas suas, morenas e esguias pareciam lírios de neve, e baixo, com voz que a paixão tornava irreconhecível, murmurou:
- Se soubesse, Suzete, como os seus receios me tornam feliz ! Pudesse eu ter a certeza de que não lhe era indiferente, e já teria pedido ao seu avô autorização para dizer-lhe quanto lhe quero !
E no final ficam juntos ou ela vai para freira?
ResponderEliminar
EliminarUma das últimas frases do livro, nas páginas finais, é «Conseguiu-o e deitou-se». Mas não quero tirar-lhe o gosto de mergulhar na leitura deste fascinante romance, bem como de outros da Autora. Entre eles, permito-me destacar o subterrâneo «Toupeiras Humanas» ou o interclassista «A plebeia com alma de Rainha». Num registo mais piedoso e devoto, poderá ler os encantadores contos infantis «Pschiu, Jesus vai contar».
Desejo-lhe um Bom Ano, na companhia da obra da grande ficcionista algarvia Marizabel Xavier de Fogaça.
Cordialmente,
António Araújo
Não sei, mas imagino que não deve ser fácil encontrar alguma destas grandes obras :) (se eu conseguir, volto para o contar).
ResponderEliminarGabriela
Graças a outra leitora do seu blog, recebi outros livros desta autora :)
ResponderEliminarObrigada e um Bom Ano, com muitos livros :)
Gábi