segunda-feira, 2 de março de 2015

Escravo de Deus.





 
Há uns dias, tive o privilégio de apresentar o livro Condor, de João Pina, juntamente com Abel Córdoba, procurador na Argentina, um homem responsável pela acusação e condenação de diversos implicados nos crimes da ditadura.
         Antes da sessão, falámos do que se passara com o seu colega, Alberto Nisman. O Abel conhecia-o bem, eram colegas de ofício, um ofício de alto risco. Nisman apareceu morto em circunstâncias misteriosas quatro dias depois de denunciar a presidente Cristina Kirchner pelo encobrimento de terroristas, no âmbito do «caso AMIA», o atentado contra o Centro Judaico de Buenos Aires que, em 1994, fez 85 vítimas mortais.
         Nem de propósito. Enquanto a Argentina se agita e manifesta, enquanto a presidente Kirchner ataca a Corte Suprema, na próxima quinta-feira irá ser apresentado em Lisboa, no âmbito do festival Judaica, o filme Escravo de Deus, de Joel Novoa, uma co-produção venezuelo-argentina, que retrata os meandros desse atentado. Ganhou em 2013 o Excellence in the Art of Filmmmaking, entre outros galardões. E passa na quinta-feira no Cinema São Jorge, às 21h30.  
 
 
António Araújo







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