sexta-feira, 12 de julho de 2019

Portugal, questão que tenho comigo mesmo.


 

 
 
Primeiro, decidiu-se não inserir uma pergunta sobre etnia nos Censos.

 
Depois, Rui Pena Pires, um dos principais opositores à inserção de uma pergunta sobre etnia dos Censos, que considerou discriminatória («a categoria de raça é racista», «admitir a ideia de raça é admitir que há uma relação entre traços físicos e cultura», disse em 2017), veio agora defender quotas em razão da etnia, para combater a discriminação e para «assegurar a representatividade das diferentes origens étnico-raciais». Falar de «raça» é racista, mas já não é racista falar de «diferentes origens étnico-raciais». Alguém entende?    
 
         A seguir, Fátima Bonifácio escreveu o que escreveu, um texto eivado de lugares-comuns e estereótipos racistas.

 
         Para rematar, Mamadou Ba, dirigente do SOS Racismo, que há uns anos considerou que uma directiva europeia era igual ao antissemitismo nazi («A Directiva Retorno é fazer aquilo que a Gestapo fazia aos judeus»), veio dizer que Fátima Bonifácio, «mais do que pedir desculpa, tem de pagar pelo que fez».


         Caso para dizer: um debate sério e uma acção firme contra o racismo em Portugal não poderiam ter começado de melhor forma. Muito e muito obrigado a todos os intervenientes.

 

 

1 comentário:

  1. Se fossemos europeus, logo ocidentais, poder-se-ia falar daquilo contra o que lutam desesperadamente Húngaros, Polacos, Austríacos, Checos...
    e até Russos : "A decadência do Ocidente".
    Mas somos o "Marrocos de Cima", invertebrado, ignorante , muito i ignorante e cobarde.
    Assim, "tout va bien , Madame la Marquise" - até ao momento em que aqueles que nos sustentam digam que a moda mudou...

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