sexta-feira, 8 de março de 2013

Convenção de Osgas.

 



 
 
 
 



Eu estava no meu jardim a observar os arbustos, quando de repente ouvi vozes vindas de trás de uma macieira. Que estranho!
         Quando fui lá espreitar, eram osgas! Todas numa fila indiana! Comecei a ouvir as conversas:
         − Adoro as convenções de osgas! – exclamou uma.
         − Eu também. – disse outra.
         − Vá, caluda. – sussurrou a osga-major (eu reconheci pelo mini-fato de tropa).
         − Silêncio, meus caros. – disse a osga intelectual (vi pelos óculos de aros redondos.)
         − Iô, meus, toca a baixar a… baixar a bolinha! – berrou a osga D.J. (tinha uns headphones e um colar com um símbolo do cifrão.)
         − Fechem a matraca !!! – gritou a osga campónia (ela usava um chapéu de palha e umas jardineiras.)
         Eu nem queria acreditar. De repente o meu jardim tinha-se transformado numa sala de congressos?
         Bem, adeus.
 
Margarida Araújo
 

2 comentários:

  1. Gostei, sinceramente. Boa malha, Margarida! Só tenho a acrescentar que, verdade derdadinha, este pobre e desgraçado país, é terreno fértil, sobretudo foi-o nestes últimos 40 anos, para convenções de osgas. Daí que... estamos onde estamos: nos apertos de cintos, melhor dizendo, na bancarrota (económica, financeira e, sobretudo, moral)
    'beirão'

    ResponderEliminar
  2. Filha de peixe...
    Gostei. :-)

    ResponderEliminar