Eu
estava no meu jardim a observar os arbustos, quando de repente ouvi vozes
vindas de trás de uma macieira. Que estranho!
Quando fui lá espreitar, eram osgas!
Todas numa fila indiana! Comecei a ouvir as conversas:
− Adoro as convenções de osgas! –
exclamou uma.
− Eu também. – disse outra.
− Vá, caluda. – sussurrou a osga-major
(eu reconheci pelo mini-fato de tropa).
− Silêncio, meus caros. – disse a osga
intelectual (vi pelos óculos de aros redondos.)
− Iô, meus, toca a baixar a… baixar a
bolinha! – berrou a osga D.J. (tinha uns headphones e um colar com um símbolo
do cifrão.)
− Fechem a matraca !!! – gritou a osga campónia (ela usava um chapéu de palha e umas jardineiras.)
Eu nem queria acreditar. De repente o
meu jardim tinha-se transformado numa sala de congressos?
Bem, adeus.
Margarida
Araújo
Gostei, sinceramente. Boa malha, Margarida! Só tenho a acrescentar que, verdade derdadinha, este pobre e desgraçado país, é terreno fértil, sobretudo foi-o nestes últimos 40 anos, para convenções de osgas. Daí que... estamos onde estamos: nos apertos de cintos, melhor dizendo, na bancarrota (económica, financeira e, sobretudo, moral)
ResponderEliminar'beirão'
Filha de peixe...
ResponderEliminarGostei. :-)