quinta-feira, 14 de março de 2013

E agora?

 
 
 
 
O Esquerda.Net, aqui, publicou uma notícia intitulada «Jorge Mario Bergoglio, ou o padre que dava a comunhão a Videla». O texto prossegue assim: «Jamais condenou os ditadores argentinos, apesar de saber que Videla e os seus sequazes torturavam, assassinavam, faziam desaparecer milhares de pessoas. Não pode alegar que não tinha conhecimento, porque era o confessor e dava a comunhão a Videla.»
         Para apoiar esta acusação, a primeira página do jornal Página 12:
 
 
 
         Acontece aos piores. A imagem não é de Jorge Mario Bergoglio, como se explica aqui. Além de um vídeo, que mostra claramente que não é Bergoglio, eis a imagem, onde aparece um padre que foi confundido com o actual Papa Francisco:  
 
Missa em 1990, comunhão do ditador Videla
 
É possível que haja outras imagens, outros factos. Mas esta não, esta é uma deturpação. E agora, que fazer? Pedir desculpas aos leitores, talvez?  
 
 

16 comentários:

  1. além de embalsamar cadáveres de gente tão recomendável e de subtrair figuras das fotografias, a esquerda mentirosa deu em querer bater no Francisco recorrendo às técnicas que tão bem domina. Faz-me rir de nojo (cheira-me a enxofre!)
    Jcortes

    ResponderEliminar
  2. Pedir desculpa? Mas como é que pessoas que têm como profissão de fé estarem sempre de posse do moral high ground podem pedir desculpa? Basta invocar termos como "fascista" para terem automaticamente razão. Se estão factualmente erradas, tanto pior para os factos. Pedir desculpa? Não se pede desculpa em questões de fé. Além disso, é mais giro, fresco e popularucho martelar "Pancho I doravante" à exaustão do que preocuparmo-nos com pequenos pormenores como a verdade dos factos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Jorge,
      espero não estar em erro - reli o texto para me assegurar disso mesmo - mas penso que Malomil quando se refere a um pedido de desculpa aos leitores aponta directamente para a foto que erradamente foi publicada como sendo de Jorge Mario Bergoglio. No final do texto, sublinha mesmo que havendo ou não factos, provas, que sustenham as supostas acusações esta foto NÃO pode nem deve ser validada como tal.
      Se seguir o primeiro link referido no texto (Esquerda.net) verifica-se que já foi publicado um pedido de desculpa aos leitores..

      Eliminar
    2. Cara Isabel da Rocha. Todos sabemos que o Papa apoiou a ditadura Argentina, a tal que mandou matar milhares de cidadãos, transportando-os em aviões da força aérea e largando-os a mais de cem milhas no Oceano Atlântico. Realmente não há desculpas a pedir por um erro de fotografia, caso não tenha havido posteriormente uns "trabalhinhos" informáticos a jeito. Desculpa jamais, bem pelo contrário; gritar bem alto e acusar o que este senhor representou para um País e para um Continente como a América do Sul, é um dever de todos nós. A Humanidade não deve estar entregue a este tipo de gente.

      Eliminar
    3. Terá este GAMorgado noção do que diz? Mas ele não imagina o que será viver-se em ditadura? Acaso estaria à espera que alguém, não querendo ser mártir ou tolo, combatesse isoladamente e de peito aberto a ditadura? E, depois, saberá a criatura Morgado que às mãos dos regimes comunistas (de que ele parece ser fervoroso apaniguado) foram massacrados 100 milhões de pessoas (dados confirmados de registgos oficiais) - "O Livro Negro do Comunismo" - gente inocente e sem julgamento? Não diga disparates, por favor!
      'beirão'

      Eliminar
    4. Morgado, revela-se tão só como mais um ‘fanático da impiedade e da mentira’, é pena! Mas eles andam por aí e de vez enquando vêm cá acima respirar.
      jcortes

      Eliminar
    5. Acho fascinante ler comentários como "Todos sabemos que o Papa apoiou a ditadura Argentina". Provavelmente a esmagadora maioria de nós, na qual me incluo, nunca nunca tinha ouvido falar de Jorge Bergoglio até 13/3 às 19h. A 15/3, pelos vistos, todos sabemos tudo e temos opiniões definitivas sobre os últimos 40 anos da sua vida. A fé é assim: move-se de certezas. Mesmo que lidas em blogues.

      Eliminar
    6. Caros GAMorgado, Jcortes e Jorge Buescu,
      terei eu enganada ou nenhum dos senhores percebeu o que eu escrevi anteriormente?
      Sempre pensei - até por fruto da minha carreira profissional - ser muito clara nas palavras.
      Façam o favor de reler o que eu escrevi e, se porventura quiserem comentar, façam com que corresponda ao que eu enunciei. Estou certa que será um prazer debater o meu comentário com Vossas Exas.
      Cumprimentos

      Eliminar
    7. Não vejo a que propósito vem este comentário dirigido a tanta gente pois não me parece que mais alguém tenha comentado o seu anterior comentário além do Sr. Morgado cujo blog responde por ele .

      Quanto a "ser muito clara nas palavras" era simpático , pois não estou a ver que carreira profissional justifique escrever "terei" no lugar de "estarei" .
      Era outra a ideia e não emedou a tempo ? Perfeito !
      Para a próxima reveja o texto antes de invocar "carreiras profissionais" .

      Eliminar
  3. A acreditar num tal de "portal infotechnology.com" é de pedir desculpas e voltar ao essencial: este cardeal tem muita coisa a explicar.
    Seguem várias abordagens em redor do mesmo tema:

    http://colectivolibertarioevora.wordpress.com/2013/03/13/papa-francisco-amigo-de-videla-diz-me-com-quem-andas-dir-te-ei-quem-es/

    http://www.globalresearch.ca/washingtons-pope-who-is-francis-i-cardinal-jorge-mario-bergoglio-and-argentinas-dirty-war/5326675

    http://www.pagina12.com.ar/diario/ultimas/20-215806-2013-03-14.html

    http://www.infonews.com/2013/03/14/politica-65343-bergoglio-no-fue-complice-directo-de-la-dictadura-pero-no-tuvo-el-coraje-para-acompanar-nuestra-lucha.php

    Cumps,
    Buiça

    ResponderEliminar
  4. Mas será que alguém tem a noção do que representou nos anos 70 ser provincial dos Jesuítas na América Latina (na Argentina em concreto), "entalado" entre a ditadura do Videla e os padres (muitos deles Jesuítas)revolucionários, dispostos a pegar em armas para "defender" a sua peculiar interpretação dos Evangelhos... Creio que este Homem terá caminhado, então, sobre "gelo muito fino", equilibrando-se numa espécie de fio da navalha constante. São situações que só quem as viveu. Os dados que encontrei na internet - http://www.timesofisrael.com/pope-francis-simple-image-complex-past/ - indicam-me que este Homem viveu no meio de um turbilhão da história e procurou um difícil equilíbrionuma situação muito complicada. Aliás, como diz o título do artigo para o qual remeto, quem não tem um passado complexo... a diferença de complexidade deste passado são as circunstâncias tremendas em que lhe tocou actuar. É - era - preciso ter lá estado.
    ZA

    ResponderEliminar
  5. Quem anda nesta azáfama inquisitorial aqui pelos comentários ou não viveu em ditadura ou viveu em ditadura .

    Se não viveu em ditadura não sabe do que fala e de , como diz o comentador anterior , é mais importante o esforço dos equilíbrios possíveis que permitem salvar vidas e libertar pessoas do que os gestos "heróicos" para a posteridade .
    Bem gostava de ver os "heróis de hoje" nesses tempos .

    Se viveu em ditadura ou está xéxé ou é desonesto ou converteu-se a 26 de Abril com o argumento de que "andava enganado" .
    Como Alferes Miliciano desde o princípio de 73 até ao fim de 75 ouvi muitas vezes esta última desculpa .
    Demasiadas vezes .

    ResponderEliminar
  6. 1-A ditadura de Pinochet não terá sido propriamente mais benévola do que a de Videla e no entanto o Cardeal de Santiago do Chile não se coibiu de condenar de viva voz a junta militar e suas atrocidades. Sempre foram mais uns milhares a sobreviver com a sua ajuda.
    2-O "spin" de que o humilde Bergoglio, "como bom jesuíta", tem horror a cargos de responsabilidade, não bate com o detalhe de ter tido cargos de responsabilidade na hierarquia Católica nos últimos 40 anos.
    3-A desculpa de não se meter na política também não bate com os discursos críticos que fez questão de proferir em cerimónias oficiais contra o democraticamente eleito Nestor Kirchner.
    4-Mais grave ainda parece-me o facto de perante um tribunal que procurava apurar o que sabia sobre os crimes da Ditadura, se recusar a comparecer, terem que ir recolher o depoimento a sua casa, afirmar só ter tido conhecimento da maioria dos crimes muitos anos mais tarde, e isto apesar de uma das mães de crianças raptadas exibir a carta que guardou e lhe tinha escrito a denunciar as atrocidades na altura. Onde fica o arrependimento católico no meio disto tudo?

    Depois de os últimos papas terem pedido perdão ao mundo por cumplicidades da instituição ao longo da história com as maiores barbaridades, é no mínimo estranho escolherem um Cardeal que nem pelo seu próprio silêncio consegue pedir perdão.

    Cumps
    Buiça

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Grande misturada que vai por aí.

      Já estou como Jorge Buescu mais acima , vai-se a uns blogues e já está , até porque só se vai habitualmente aos blogues que dizem o que queremos ler .
      Depois fazem-se umas pesquisas no Google , acrescento eu , juntam-se 4 ideias dispersas que convenham ao nosso propósito e pronto , tira-se uma conclusão/acusação que achamos brilhante e subtil .

      E que tal esperar mais uns tempos , estudar mais umas coisas e não acreditar em tudo o que os media dizem nesta fase de "vender notícia" - tanto no elogio como na crítica - devidamente veiculado por apoiantes e detractores variados ?

      Eliminar
    2. Espero que as "lapaliçadas" de a internet não ser a british library ou a opinião de cada um estar sempre constrangida pelos factos em que se baseia se aplique da mesma maneira aos links que coloquei mais acima e ao "facto" de a foto ser falsa porque dizem que sim num tal de portal infotechnology.
      Se tiver alguma coisa a acrescentar/opinar/refutar nos 4 pontinhos acima, não deixe de o fazer. Comentar as putativas intenções de quem não conhece de lado nenhum parece-me mais arriscado.
      Cumps
      Buiça

      Eliminar
  7. os anti-igreja catolica deviam ter verginha na cara e ouvir quem sofreu, neste caso, o cidadão argentino e defensor dos direitos humanos e prémio nobel da paz que já disse publicamente ser falso que o novo Papa tenha colaborado ou sequer apoiado o regime diattorial argentino nos anos 70. Mas como a esquerdalha não tem vergonha, depois da campanha contra o Papa Nazi da Juventude Hitleriana segu-se acampanha contra o Papa da ditadura argentina. Perdoai-lhes senhor.

    ResponderEliminar