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Quantas
vezes certos indivíduos, ignorantes dos segredos das drogas – ou conhecedores
apenas através de literatices ridículas dos fantasiosos, virgens de qualquer
toxicomania – se encanzinavam em querer saber:
«– Mas como foi que V. apanhou o vício da
morfina? Como foi que você começou?»
Interrogavam-me abanando a cabeça, num
tom de lástima – que ocultava, quase sempre, o impulso duma excitação e duma
curiosidade – gémeas às dos beatos, tartufiando contra os pecados alheios – mas
tentados a espreitá-los, pelo menos, onanìsticamente…
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