Me-ni-nos.
A rapaziada festivaleira que anda por aí no Sudoeste e outros pontos cardeais não passa de um
conjunto de meninos. Pior ainda, meninos de coro, sobretudo quando comparados com o
people, esse sim bem cool, que todos os anos se reúne no Festival Burning Man.
O Festival existe desde 1986, e nessa altura não passava de um bando de
amigalhaços alternativos que se agrupavam para passar muito juntinhos, todos ao
monte, algumas noites líricas. Actualmente, reúne no deserto do Nevada mais de 70 mil alminhas penadas, cada uma mais
freak do que a outra. O Burning Man é
um culto, uma religião, uma atitude, uma visão da vida, condensada em Dez Mandamentos que, bem vistos e escrutinados, não dizem nada de nada. Mas que há
cada figura estranha e bizarra a caminhar no deserto, disso não duvidem. No Burning
Man, entre muitas outras coisas, todas nos limiares da legalidade, fazem estátuas efémeras, imaginativas e
prodigiosas, a que depois largam fogo. Algumas obras bem interessantes, como a de uma
mulher graciosa e esguia, ou a de um coiote uivante, a bradar aos céus.
Vista aérea, 2010
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O Pier Group, de Vancouver, apresentou um
grande projecto, Embrace, visando
que fosse escolhido como templo do Burning Man/2014. Tal não veio a acontecer,
mas que é uma escultura em grande, ai isso é. O festival, que termina hoje, dia 1 de Setembro, acabou mal, com a
morte de uma rapariga jovem, atropelada por um autocarro na confusão grupal. Aqui pode ver-se uma bela
galeria de idiotas New Age, ainda assim bem mais imaginativos do que os
festivaleiros portugueses, que, repete-se, são uns grande meninos. E, em regra, palermas.
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