terça-feira, 9 de abril de 2013

Tudo o que parece, é.







 
 
Para quem quiser compreender o que se passa na Coreia do Norte, há dois caminhos distintos: um, são livros e informação de qualidade; outro, é José Luís Peixoto. A edição francesa da Slate publica hoje um trabalho notável, absolutamente notável (obrigado, Jorge!), sobre a forma como os norte-coreanos manipulam as imagens. O que fizeram? Basicamente, sujeitaram as imagens fornecidas pela agência noticiosa da Coreia do Norte à AFP e à Reuters a um programa de análise que, em regra, só é acessível aos ministérios franceses da Defesa e do Interior. Os resultados são surpreendentes e evidenciam o grau de sofisticação que o regime norte-coreano utiliza neste domínio. Não, não se trata de rasurar pessoas caídas em desgraça ou de aumentar, graças ao Photoshop, a dimensão das manifestações de apoio ao regime, acrescentando-lhe uns milhares de coreanos digitais. Não, ali não se brinca. Ainda que um pouco carregado de pormenores técnicos (mas aí reside também o seu fascínio), trata-se de um trabalho jornalístico imperdível. Aqui.
 
 
 

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