Nas
páginas da revista Sábado, uma pessoa que muito estimo, João Pereira
Coutinho, fala de uma «histeria verde» que por aí anda.
Talvez
tenha razão, anda muita coisa no ar, alguma dela bem histérica.
Mas
como não ficar histérico quando se lê que «Algarve desespera com seca extrema»?
Que
a Barragem de Odeleite está a 27 % da sua capacidade? E a de Odelouca a 22 %?
Que
o presidente da cooperativa agrícola de Odeleite diz «se o consumo continuar
como está agora, até ao final do ano vamos ficar sem água»?
Claro
que sempre houve secas e que tudo isto pode não ter a ver com as alterações
climáticas (sendo uma seca, não chovendo, alguma coisa terá a ver com o clima,
digo eu…)
Mas
que dizer de uma notícia que mostra que, em todo o mundo, o Mediterrâneo já é,
e ainda será mais, uma das zonas mais afectadas pelo aquecimento do planeta? (aqui ou aqui, leiam: o aquecimento no Mediterrâneo é 20 % mais rápido do que na média do planeta)
Desculpem
os leitores se ando a insistir com isto, parecendo histérico e obcecado, mas julgo
que o tema é importante, é crucial – e o que se lê e vê por aí, com gente que
ainda ousa negar as evidências, obriga-me a regressar a ele, agora e sempre.
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