terça-feira, 28 de maio de 2013

Dia de exame.

 
 
Henri Matisse, O caracol, 1953
 
 
 
 
.........Toda a gente acha que os exames que os exames nacionais são difíceis, mas eu não.
         Vou explicar o meu dia de exame. Sentámo-nos e a nossa mãe empanturrou-nos. Aposto que era só para não se sentir mal com os resultados da dieta! Depois, fomo-nos vestir. A minha irmã Joana vestiu-se com o fato da comunhão! Quer dizer, há coisas em que não me importo de ser Amish, mas eu quero ver TV.
         Quando chegámos à escola, a mãe só dizia:
         - Não percas o cartão de cidadão!
         Também, menos uma pessoa em Portugal não fazia diferença…
         Depois fizeram a chamada. Eu bem tentei fugir, mas os vigilantes eram máquinas! E tiveram a lata de nos obrigar a assinar um papel a comprovar que não tínhamos telemóvel! Até nos fazem sentir mal, OK?
         Podem não saber, mas há crianças que têm mães que pensam que ainda há pombinhos de correio e que ainda temos de ter cuidado a atravessar as estradas para não sermos atropelados por dinossauros!
         Bem, foi a minha manhã.
 
 
Margarida Araújo


 

6 comentários:

  1. ainda ontem, na ilusão de que a passadeira era o local seguro para atravessar a estrada, ia sendo atropelado por um daqueles dinossauros com cornos! primeiro pensei "hum.. eu moro numa vila com tradição tauromáquica, pode muito bem ser um boi que vinha em alta velocidade" mas depois apercebi-me que o bicho tinha três chifres, coisa que não existe em bois, e só poderia ser um triceratopo. de que fugia ele? não sei.

    como eu percebo a margarida!!

    enfim, vamos vivendo e aprendendo!

    ResponderEliminar
  2. Só não entendi a referência a Amish. O resto aconteceu comigo igualzinho quando era puto.

    ResponderEliminar
  3. Esta menina tem um génio fantástico! Já é escritora, caraças! Grande Margarida!!
    :))

    ResponderEliminar