sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo.

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Vi na televisão que as lojas bacanas estavam vendendo adoidado roupas ricas para as madames vestirem no reveillon. Vi também que as casas de artigos finos para comer e beber tinham vendido todo o estoque.
Pereba, vou ter que esperar o dia raiar e apanhar cachaça, galinha morta e farofa dos macumbeiros.
Pereba entrou no banheiro e disse, que fedor.
Vai mijar noutro lugar, tô sem água.
Pereba saiu e foi mijar na escada.
Onde você afanou a TV, Pereba perguntou.
Afanei, porra nenhuma. Comprei. O recibo está bem em cima dela. Ô Pereba! você pensa que eu sou algum babaquara para ter coisa estarrada no meu cafofo?
Tô morrendo de fome, disse Pereba.
De manhã a gente enche a barriga com os despachos dos babalaôs, eu disse, só de sacanagem.
Não conte comigo, disse Pereba. Lembra-se do Crispim? Deu um bico numa macumba aqui na Borges de Medeiros, a perna ficou preta, cortaram no Miguel Couto e tá ele aí, fudidão, andando de muleta.
Pereba sempre foi supersticioso. Eu não. Tenho ginásio, sei ler, escrever e fazer raiz quadrada. Chuto a macumba que quiser.
Acendemos uns baseados e ficamos vendo a novela. Merda. Mudamos de canal, prum bang-bang, Outra bosta.
As madames granfas tão todas de roupa nova, vão entrar o ano novo dançando com os braços pro alto, já viu como as branquelas dançam? Levantam os braços pro alto, acho que é pra mostrar o sovaco, elas querem mesmo é mostrar a boceta mas não têm culhão e mostram o sovaco. Todas corneiam os maridos. Você sabia que a vida delas é dar a xoxota por aí?

Pena que não tão dando pra gente, disse Pereba. Ele falava devagar, gozador, cansado, doente.
Pereba, você não tem dentes, é vesgo, preto e pobre, você acha que as madames vão dar pra você? Ô Pereba, o máximo que você pode fazer é tocar uma punheta. Fecha os olhos e manda brasa.
Eu queria ser rico, sair da merda em que estava metido! Tanta gente rica e eu fudido.
Zequinha entrou na sala, viu Pereba tocando punheta e disse, que é isso Pereba?
Michou, michou, assim não é possível, disse Pereba.
Por que você não foi para o banheiro descascar sua bronha?, disse Zequinha.
No banheiro tá um fedor danado, disse Pereba. Tô sem água.
As mulheres aqui do conjunto não estão mais dando?, perguntou Zequinha.
Ele tava homenageando uma loura bacana, de vestido de baile e cheia de jóias.
Ela tava nua, disse Pereba.
Já vi que vocês tão na merda, disse Zequinha.
Ele tá querendo comer restos de Iemanjá, disse Pereba.
Brincadeira, eu disse. Afinal, eu e Zequinha tínhamos assaltado um supermercado no Leblon, não tinha dado muita grana, mas passamos um tempão em São Paulo na boca do lixo, bebendo e comendo as mulheres. A gente se respeitava.
Pra falar a verdade a maré também não tá boa pro meu lado, disse Zequinha. A barra tá pesada. Os homens não tão brincando, viu o que fizeram com o Bom Crioulo? Dezesseis tiros no quengo. Pegaram o Vevé e estrangularam. O Minhoca, porra! O Minhoca! crescemos juntos em Caxias, o cara era tão míope que não enxergava daqui até ali, e também era meio gago - pegaram ele e jogaram dentro do Guandu, todo arrebentado.
Pior foi com o Tripé. Tacaram fogo nele. Virou torresmo. Os homens não tão dando sopa, disse Pereba. E frango de macumba eu não como.
Depois de amanhã vocês vão ver. Vão ver o quê?, perguntou Zequinha.
Só tô esperando o Lambreta chegar de São Paulo.
Porra, tu tá transando com o Lambreta?, disse Zequinha.
As ferramentas dele tão todas aqui.
Aqui!?, disse Zequinha. Você tá louco.
Eu ri.
Quais são os ferros que você tem?, perguntou Zequinha. Uma Thompson lata de goiabada, uma carabina doze, de cano serrado, e duas magnum.
Puta que pariu, disse Zequinha. E vocês montados nessa baba tão aqui tocando punheta?
Esperando o dia raiar para comer farofa de macumba, disse Pereba. Ele faria sucesso falando daquele jeito na TV, ia matar as pessoas de rir.
Fumamos. Esvaziamos uma pitu.
Posso ver o material?, disse Zequinha.
Descemos pelas escadas, o elevador não funcionava e fomos no apartamento de Dona Candinha. Batemos. A velha abriu a porta.
Dona Candinha, boa noite, vim apanhar aquele pacote.
O Lambreta já chegou?, disse a preta velha.
Já, eu disse, está lá em cima.
A velha trouxe o pacote, caminhando com esforço. O peso era demais para ela. Cuidado, meus filhos, ela disse.
Subimos pelas escadas e voltamos para o meu apartamento. Abri o pacote. Armei primeiro a lata de goiabada e dei pro Zequinha segurar. Me amarro nessa máquina, tarratátátátá!, disse Zequinha.
É antiga mas não falha, eu disse.
Zequinha pegou a magnum. Jóia, jóia, ele disse. Depois segurou a doze, colocou a culatra no ombro e disse: ainda dou um tiro com esta belezinha nos peitos de um tira, bem de perto, sabe como é, pra jogar o puto de costas na parede e deixar ele pregado lá.
Botamos tudo em cima da mesa e ficamos olhando. Fumamos mais um pouco.
Quando é que vocês vão usar o material?, disse Zequinha.
Dia 2. Vamos estourar um banco na Penha. O Lambreta quer fazer o primeiro gol do ano.
Ele é um cara vaidoso, disse Zequinha.
É vaidoso mas merece. Já trabalhou em São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Niterói, pra não falar aqui no Rio. Mais de trinta bancos.
É, mas dizem que ele dá o bozó, disse Zequinha.
Não sei se dá, nem tenho peito de perguntar. Pra cima de mim nunca veio com frescuras.
Você já viu ele com mulher?, disse Zequinha.
Não, nunca vi. Sei lá, pode ser verdade, mas que importa?
Homem não deve dar o cu. Ainda mais um cara importante como o Lambreta, disse Zequinha.
Cara importante faz o que quer, eu disse.
É verdade, disse Zequinha.
Ficamos calados, fumando.
Os ferros na mão e a gente nada, disse Zequinha.
O material é do Lambreta. E aonde é que a gente ia usar ele numa hora destas?
Zequinha chupou ar fingindo que tinha coisas entre os dentes. Acho que ele também estava com fome.
Eu tava pensando a gente invadir uma casa bacana que tá dando festa. O mulherio tá cheio de jóia e eu tenho um cara que compra tudo que eu levar. E os barbados tão cheios de grana na carteira. Você sabe que tem anel que vale cinco milhas e colar de quinze, nesse intruja que eu conheço? Ele paga na hora.
O fumo acabou. A cachaça também. Começou a chover. Lá se foi a tua farofa, disse Pereba.
Que casa? Você tem alguma em vista?
Não, mas tá cheio de casa de rico por aí. A gente puxa um carro e sai procurando.
Coloquei a lata de goiabada numa saca ele feira, junto com a munição. Dei uma magnum pro Pereba, outra pro Zequinha. Prendi a carabina no cinto, o cano para baixo e vesti uma capa. Apanhei três meias de mulher e uma tesoura. Vamos, eu disse.
Puxamos um Opala. Seguimos para os lados de São Conrado. Passamos várias casas que não davam pé, ou tavam muito perto da rua ou tinham gente demais. Até que achamos o lugar perfeito. Tinha na frente um jardim grande e a casa ficava lá no fundo, isolada. A gente ouvia barulho de música de carnaval, mas poucas vozes cantando.

Botamos as meias na cara. Cortei com a tesoura os buracos dos olhos. Entramos pela porta principal.
Eles estavam bebendo e dançando num salão quando viram a gente.
É um assalto, gritei bem alto, para abafar o som da vitrola. Se vocês ficarem quietos ninguém se machuca. Você aí, apaga essa porra dessa vitrola!

Pereba e Zequinha foram procurar os empregados e vieram com três garções e duas cozinheiras. Deita todo mundo, eu disse.
Contei. Eram vinte e cinco pessoas. Todos deitados em silêncio, quietos, como se não estivessem sendo vistos nem vendo nada.
Tem mais alguém em casa?, eu perguntei.
Minha mãe. Ela está lá em cima no quarto. É uma senhora doente, disse uma mulher toda enfeitada, de vestido longo vermelho. Devia ser a dona da casa.

Crianças?

Estão em Cabo Frio, com os tios.
Gonçalves, vai lá em cima com a gordinha e traz a mãe dela.
Gonçalves?, disse Pereba.
É você mesmo. Tu não sabe mais o teu nome, ô burro? Pereba pegou a mulher e subiu as escadas.
Inocêncio, amarra os barbados.
Zequinha amarrou os caras usando cintos, fios de cortinas, fios de telefones, tudo que encontrou.
Revistamos os sujeitos. Muito pouca grana. Os putos estavam cheios de cartões de crédito e talões de cheques. Os relógios eram bons, de ouro e platina. Arrancamos as jóias das mulheres. Um bocado de ouro e brilhante. Botamos tudo na saca.
Pereba desceu as escadas sozinho.
Cadê as mulheres?, eu disse.
Engrossaram e eu tive que botar respeito.
Subi. A gordinha estava na cama, as roupas rasgadas, a língua de fora. Mortinha. Pra que ficou de flozô e não deu logo? O Pereba tava atrasado. Além de fudida, mal paga. Limpei as jóias. A velha tava no corredor, caída no chão. Também tinha batido as botas. Toda penteada, aquele cabelão armado, pintado de louro, de roupa nova, rosto encarquilhado, esperando o ano novo, mas já tava mais pra lá do que pra cá. Acho que morreu de susto. Arranquei os colares, broches e anéis. Tinha um anel que não saía. Com nojo, molhei de saliva o dedo da velha, mas mesmo assim o anel não saía. Fiquei puto e dei uma dentada, arrancando o dedo dela. Enfiei tudo dentro de uma fronha. O quarto da gordinha tinha as paredes forradas de couro. A banheira era um buraco quadrado grande de mármore branco, enfiado no chão. A parede toda de espelhos. Tudo perfumado. Voltei para o quarto, empurrei a gordinha para o chão, arrumei a colcha de cetim da cama com cuidado, ela ficou lisinha, brilhando. Tirei as calças e caguei em cima da colcha. Foi um alívio, muito legal. Depois limpei o cu na colcha, botei as calças e desci.
Vamos comer, eu disse, botando a fronha dentro da saca. Os homens e mulheres no chão estavam todos quietos e encagaçados, como carneirinhos. Para assustar ainda mais eu disse, o puto que se mexer eu estouro os miolos.
Então, de repente, um deles disse, calmamente, não se irritem, levem o que quiserem não faremos nada.
Fiquei olhando para ele. Usava um lenço de seda colorida em volta do pescoço.
Podem também comer e beber à vontade, ele disse.
Filha da puta. As bebidas, as comidas, as jóias, o dinheiro, tudo aquilo para eles era migalha. Tinham muito mais no banco. Para eles, nós não passávamos de três moscas no açucareiro.
Como é seu nome?
Maurício, ele disse.
Seu Maurício, o senhor quer se levantar, por favor?
Ele se levantou. Desamarrei os braços dele.
Muito obrigado, ele disse. Vê-se que o senhor é um homem educado, instruído. Os senhores podem ir embora, que não daremos queixa à polícia. Ele disse isso olhando para os outros, que estavam quietos apavorados no chão, e fazendo um gesto com as mãos abertas, como quem diz, calma minha gente, já levei este bunda suja no papo.
Inocêncio, você já acabou de comer? Me traz uma perna de peru dessas aí. Em cima de uma mesa tinha comida que dava para alimentar o presídio inteiro. Comi a perna de peru. Apanhei a carabina doze e carreguei os dois canos.
Seu Maurício, quer fazer o favor de chegar perto da parede? Ele se encostou na parede. Encostado não, não, uns dois metros de distância. Mais um pouquinho para cá. Aí. Muito obrigado.
Atirei bem no meio do peito dele, esvaziando os dois canos, aquele tremendo trovão. O impacto jogou o cara com força contra a parede. Ele foi escorregando lentamente e ficou sentado no chão. No peito dele tinha um buraco que dava para colocar um panetone.
Viu, não grudou o cara na parede, porra nenhuma.
Tem que ser na madeira, numa porta. Parede não dá, Zequinha disse.
Os caras deitados no chão estavam de olhos fechados, nem se mexiam. Não se ouvia nada, a não ser os arrotos do Pereba.
Você aí, levante-se, disse Zequinha. O sacana tinha escolhido um cara magrinho, de cabelos compridos.
Por favor, o sujeito disse, bem baixinho. Fica de costas para a parede, disse Zequinha.
Carreguei os dois canos da doze. Atira você, o coice dela machucou o meu ombro. Apóia bem a culatra senão ela te quebra a clavícula.
Vê como esse vai grudar. Zequinha atirou. O cara voou, os pés saíram do chão, foi bonito, como se ele tivesse dado um salto para trás. Bateu com estrondo na porta e ficou ali grudado. Foi pouco tempo, mas o corpo do cara ficou preso pelo chumbo grosso na madeira.
Eu não disse? Zequinha esfregou ó ombro dolorido. Esse canhão é foda.
Não vais comer uma bacana destas?, perguntou Pereba.
Não estou a fim. Tenho nojo dessas mulheres. Tô cagando pra elas. Só como mulher que eu gosto.
E você... Inocêncio?
Acho que vou papar aquela moreninha.
A garota tentou atrapalhar, mas Zequinha deu uns murros nos cornos dela, ela sossegou e ficou quieta, de olhos abertos, olhando para o teto, enquanto era executada no sofá.
Vamos embora, eu disse. Enchemos toalhas e fronhas com comidas e objetos.
Muito obrigado pela cooperação de todos, eu disse. Ninguém respondeu.
Saímos. Entramos no Opala e voltamos para casa.
Disse para o Pereba, larga o rodante numa rua deserta de Botafogo, pega um táxi e volta. Eu e Zequinha saltamos.
Este edifício está mesmo fudido, disse Zequinha, enquanto subíamos, com o material, pelas escadas imundas e arrebentadas.
Fudido mas é Zona Sul, perto da praia. Tás querendo que eu vá morar em Vilópolis?
Chegamos lá em cima cansados. Botei as ferramentas no pacote, as jóias e o dinheiro na saca e levei para o apartamento da preta velha.
Dona Candinha, eu disse, mostrando a saca, é coisa quente.
Pode deixar, meus filhos. Os homens aqui não vêm.
Subimos. Coloquei as garrafas e as comidas em cima de uma toalha no chão. Zequinha quis beber e eu não deixei. Vamos esperar o Pereba.
Quando o Pereba chegou, eu enchi os copos e disse, que o próximo ano seja melhor. Feliz Ano Novo.





Rubem Fonseca, Feliz Ano Novo, 1975.


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Glen Baxter.

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French Kiss - 5

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Livro sobre Salazar plagiado

Felícia Cabrita acusa Diane Ducret de copiar a sua obra sobre a vida íntima do ditador

Margarida Davim

A JORNALISTA Felícia Cabrita vai avançar para os tribunais com uma acusação de plágio contra a autora francesa Diane Ducret. «O capítulo sobre Salazar do livro Mulheres de Ditadores é um mero resumo do meu, Os Amores de Salazar», afirma a jornalista do SOL, que se sente roubada na investigação exaustiva que fez à vida íntima do ditador.

«O meu trabalho é fruto de várias conversas com fontes em Portugal e no estrangeiro, horas na Torre do Tombo e muitos documentos originais, incluindo a agenda de Salazar e os diários de Felismina Oliveira», diz Felícia Cabrita, explicando que no livro da escritora e jornalista francesa «até as citações de outros livros são iguais às que estão em Os Amores de Salazar. É um plágio do principio ao fim».

Razões suficientes para a advogada da jornalista, Fátima Esteves, estar «a analisar a forma de agir judicialmente» contra Diane Ducret. A jurista não descarta, aliás, a hipótese de estender as acções às edições francesa, espanhola e italiana do livro Mulheres de Ditadores e de pedir a apreensão de todos os exemplares.

A obra, que tem tido grande repercussão em França - onde já vai na quarta edição -, tem sido destacada por jornais como o L 'Express e o Le Figaro. E, no site da agente de Diane Ducret, pode ver-se que a jornalista - formada pela Sorbonne e publicamente elogiada pelo filósofo Bernard-Henri Lévy - está a preparar um segundo volume para ser editado em 2012.

As semelhanças entre a escrita de Felícia Cabrita e a obra de Diane Ducret não passaram, porém, despercebidas a António Araújo - professor de Direito da Universidade de Lisboa - que, no blogue Malomil publica de forma exaustiva todas as passagens em que ambos os livros se confundem.

No seu site, o constitucionalista não hesita sequer em afirmar que o capítulo sobre Oliveira Salazar é «do principio ao fim, um mero resumo de Os Amores de Salazar», contendo «diversos trechos, paráfrases ou plágios do livro de Felícia Cabrita».

Francesa diz que Felícia foi 'fonte de informação'

Contactada pelo SOL, Diane Ducret sublinha que o livro de Felícia Cabrita se encontra nas suas referências bibliográficas e em notas de rodapé. «Não escondo de maneira nenhuma que encontrei uma fonte de informação no livro muito bem conseguido de Felícia Cabrita» - explica a autora francesa, acrescentando que a obra da jornalista portuguesa «apresenta inúmeros documentos retirados dos arquivos pessoais de mulheres próximas de Salazar, uma dimensão que até aí tinha sido ignorada pelos historiadores».

É nessa linha de raciocínio que Ducret assume: «É difícil inventar outras fontes, que eu partilho, por isso, com ela» (Felícia Cabrita). A francesa demarca-se, contudo, de qualquer acusação de plágio, sustentando que o trabalho de Felícia «não apresenta uma contextualização histórica destas relações» e que é aí que as obras de ambas se distanciam: «Foi nesse ponto que centrei o meu trabalho».

As explicações não chegam para convencer Felícia Cabrita, que frisa o facto de as frases do seu livro usadas por Diane Ducret não se referirem apenas às passagens relacionadas com os diários de Felismina Oliveira. «Há uma cópia também quando se fala das outras mulheres de Salazar», comenta.

Contactada pelo SOL, a Casa das Letras - responsável pela edição portuguesa do livro de Ducret -, através do gabinete de comunicação do Grupo Leya, disse apenas que está «a analisar esta situação». Segundo a mesma fonte, a editora já informou a autora «através da sua agente», estando «a aguardar os seus comentários».

Não foi possível obter um comentário da editora de Os Amores de Salazar, A Esfera dos Livros.

Sol, 30/12/2011


Um Santo Natal.

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Histórias da realidade improvável - 15

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Chávez liga EUA a cancro de líderes sul-americanos
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, questionou, quarta-feira, que vários líderes da América Latina tenham padecido nos últimos tempos de problemas de saúde relacionados com cancro sugerindo que essa situação poderia ter causas não naturais.
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Histórias da realidade improvável - 14

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Chávez acusa EUA de causar sismo no Haiti
Publicado em 2010-01-22

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou o Estados Unidos de “brincarem aos deuses” com uma arma que provoca sismos e culpa o país pelas mortes no Haiti.
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Histórias da realidade improvável - 13

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Goodbye Cheetah: Tarzan's sidekick – or fraud of the jungle?
Hollywood mourns Cheetah the chimpanzee. But could a chimp have lived to the age of 80?
Nick Clark
Thursday 29 December 2011

He had a difficult relationship with several of his Hollywood co-stars, biting some of them and throwing his own faeces at others. But 1930s cinema audiences were thrilled by Cheetah the chimpanzee, the sidekick to Johnny Weissmuller's Tarzan, whose death on Christmas Eve was announced yesterday.
The Suncoast Primate Sanctuary in Florida, where he was enjoying his retirement, reported "with great sadness" that Cheetah died from kidney failure at the age of 80.
The community had "lost a dear friend and family member", it added.



Histórias da realidade improvável - 12

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Mystery behind Hitchcock's Birds is solved at last
Scientists link eerie avian suicides of 1961, which inspired cinema classic, to poison in the food chain
Guy Adams
Los Angeles
Thursday 29 December 2011

It has taken 50 years, rather than the shorter running time of one of his famous horror films, but Alfred Hitchcock's most enduring whodunit appears to have finally been solved.
Scientists at Louisiana State University claim to have discovered why thousands of seagulls began killing themselves along the coast of northern California in the summer of 1961.
The mysterious avian deaths, in which many of the birds flew, Kamikaze-style, into houses along the Monterey Bay shore, south of San Francisco, were cited as one of the major inspirations for Hitchcock's 1963 film The Birds.
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French Kiss - 4

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A obra de Diane Ducret, Femmes de dictateur, publicada entre nós pela Casa das Letras com o título Mulheres de Ditadores, possui um capítulo dedicado a Salazar que constituiu uma paráfrase, com frequentes plágios à obra As Mulheres de Salazar, de Felícia Cabrita, como mostrámos aqui, aqui e aqui.
Graças ao apoio de dois grandes amigos, a quem aqui agradecemos, confrontámos a edição portuguesa com a edição original francesa e com a tradução castelhana, confirmando que o plágio também existe nessas duas edições.
Aproveitamos para informar os leitores e interessados que já está anunciada, para o início do próximo ano, uma sequela, sob a forma de 2º volume, desta saga sobre as mulheres dos ditadores.
António Araújo


Histórias da realidade improvável - 11

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Is Prince Philip an island god?
By Nick Squires
BBC News, Vanuatu
Britain's Duke of Edinburgh may be planning a quiet birthday celebration at home this weekend, but there will be feasting and flag-waving in an isolated jungle village in the South Pacific nation of Vanuatu, where he is worshipped as a god.
The Land Cruiser ground up the rough dirt track, pitching and rolling like a boat. The trail was so severely eroded that it was more like a river bed, with miniature canyons gouged out by the monsoon rains.
I had been drawn to this poor excuse for a road by a story so unlikely that it sounded barely credible.
It was one I had wanted to investigate for years.
Legend had it that there was a clutch of villages on the island of Tanna in Vanuatu which - as bizarre as it may seem - worshipped Prince Philip as a god.
How and why they had chosen the Duke of Edinburgh, I had no idea. I fully expected the story to be either false, or wildly exaggerated.
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Histórias da realidade improvável - 10

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Não faz mal se bater num agente da PSP... desde que seja com jeitinho
Por Rosa Ramos, publicado em 26 Nov 2011 - 13:05
Prospério entrou no tribunal acusado de dois crimes, mas saiu condenado só por um. Pode ter empurrado uns polícias, mas a juíza acha que foi sem “grande força”
As bebedeiras têm destas coisas difíceis de imaginar. Prospério é profissional de seguros, ganha quase 1500 euros por mês, vive com a filha de 15 anos, nunca se mete em complicações e até é um homem honesto. Quem o vê agora assim, diante da juíza – bem penteado, fato e gravata, sapato italiano bem engraxado, voz grave, figura esguia e ar sensato –, dificilmente consegue imaginar o sarilho em que se meteu há duas noites. Mas já se sabe que nunca se sabe do que um homem é capaz depois de andar metido nos copos.
Ia o Prospério na sua viatura de luxo em Lisboa quando foi mandado parar pela polícia numa operação STOP de rotina. Nada indiciava que alguma coisa de errado se passasse com o condutor. Aliás, os agentes até lhe elogiam a condução: “Ia ali direitinho, ninguém adivinhava, sotôra juíza.” Assim que a polícia o mandou parar, Prospério abriu a porta do carro à patrão. E a primeira coisa que fez, assim que se achou no exterior, a cambalear, foi pôr ordem nos agentes e deixar as coisas bem claras: “A mim ninguém me põe a mão, ó bófias.”

Histórias da realidade improvável - 9

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Strange natural phenomena observed in North Korea after Kim Jong-il's death
23.12.2011
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Strange natural phenomena have been seen in North Korea after the death of the country's leader Kim Jong Il, reports state news agency KCNA.

In the morning of December 17, ice cracked with a loud noise at Lake Cheongju, located in the crater of Baekdu mountain. The mountain is sacred to the Koreans: this is the place, where, according to legend, the would-be leader was born. According to the group of researchers studying the "heavenly lake", the sound of the cracking ice sheets surpassed all of the sounds that had emanated from the mountains before.

The air temperature at Baekdu mountain that day was -22.4 degrees Centigrade, the gusts of wind of 18 meters per second were blowing. A mysterious glow could be seen on top of the mountain.

On Tuesday morning the storm suddenly stopped and the rising sun in the heavens turned red, illuminating the carved inscription on the rocks: "Mount Baekdu. The sacred mountain of the revolution. Kim Jong Il," says the agency, noting that this phenomenon could be observed until five o'clock in the evening.

The natural phenomenon, the KCNA reported, could be seen on top of the mountain on Monday, December 19. The sight lasted for 30 minutes after the country had been shocked with the news about the death of the leader.

The glow was observed near one of the many statues of the leader - in the city of Hamhung. In addition, a crane came Tuesday night to the monument. The bird flew three times around the pedestal, and then landed on a tree growing nearby. "It seemed that the bird was mourning the death of Kim Jong-il," the KCNA said.

It is worthy of note that such "signs" in North Korea were observed during the life of Kim Jong Il. Another natural wonder congratulated the leader on his 69th birthday in February this year. A big and bright halo floated over Baekdu Mountain. The halo could be seen in the sky for an hour. However, skeptics suggested then that the fascinating spectacle could be a sign of awakening volcanoes. Also, according to legend, during the birth of Kim Jong Il, there was a double rainbow and a bright star in the sky.

In the meantime, meeting of the UN General Assembly opened on Friday night with a minute of silence in remembrance of North Korea's. However, European, US and Japanese officials refused to honor the head of the DPRK, Reuters reports.

According to the agency, when the chairman of the UN General Nasir Abd al-Aziz Al-Nasser called upon to honor the memory of Kim Jong Il, the General Assembly hall became half empty. "I do not consider it appropriate," one of the diplomats told the agency.

As a result, a minute of silence lasted for only 25 seconds, after which the officials who boycotted returned back to the hall and the meeting continued as usual, RIA Novosti said.
 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Histórias da realidade improvável - 8

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Elderly couple forced to cover up their 'offensive' replica of Michelangelo's David outside sheltered accommodation complex
Council warden orders couple to move replica of 16th century statue

Daily Mail Reporter
24th June 2011


It's been around for 500 years but now the manhood on Michelangelo's David has upset the sensitivities of Leicestershire council.
When a couple put up a replica of the nude statue outside their home a killjoy council told them to move it - because it was causing offence.
Although thousands see the 16th century artwork in Florence, Italy, every year, officials in Stamford swooped within days when Clive and Joan Burgess put their replica up.
The couple, who live in a warden-controlled sheltered accommodation complex, were told their neighbours had complained.
Now they have hidden the statue, behind a shrub and a patio set in the garden of neighbour Sue Cullen.
They said they are shocked the statue has created such a stir.
Mrs Burgess, 64, said: 'The warden asked us to move him as people didn't want to look at him. They think it is not tasteful.
'It was offending folk but I can't see the reason behind it. I heard someone was going to buy a pair of pants and put them on him.'
Mr Burgess, 71, added: 'It is a timeless piece of art.'
Although the artwork has been on display in Florence since it was unveiled in 1504, the couple said they had no choice but to move it.