terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Plantas Tristes: votos de Bom Ano e Comunicado.

 
 
 

 
 
De há uns anos para cá, sou sócio e cofundador de um grupo de Whatsapp chamado «Plantas Tristes». E o que são plantas tristes? – perguntais bem. Difícil explicar, é preciso sentir o conceito. Talvez por exemplos: plantas que jazem sozinhas nas entradas dos prédios, em terra árida e pouco regada, amiúde urinada, e resmas de beatas. Ou plantas solitárias entorpecidas em escritórios, que nascem e morrem sem conhecer outras plantas e, por isso, são incapazes, coitadinhas, de alegrar um ambiente de trabalho.  
Plantas Tristes, em síntese apertada, é uma espécie de escravatura botânica, não sendo necessário, creio, acrescentar mais nada. Ora, tudo isso é triste, muito triste, como decerto compreendereis, corações bondosos.
Com o passar dos tempos, e muita planta triste levantada e fotografada por esse país fora (e no estrangeiro), é tempo de agradecer aos que comigo partilham esta aventura ervanária. No grupo há uns que são amigos dos outros, há os que nunca se viram na vida (o que, tantas vezes, é a melhor forma de fazer florescer e aclimatar uma grande amizade), houve em tempos um casal herético, o Rui e a Rita, que não puderam acompanhar o ritmo silvestre por dificuldades técnicas dos seus mobile phones (desde então, o Plantas, em assembleia-geral, vedou o acesso a casais ou, como dizem os gays e os psis, a «pares relacionais».) Do grupo fazem parte o João Gama, o João Pedro George, a Tânia Cunha, a Graça Martins, a Joana Albernaz Delgado e agora, em nova aquisição da época 2019, o Manuel Araújo, que vem ao caso de ser meu irmão e conheço desde nascença, para minha felicidade. E, também pela minha e para minha felicidade, agradeço e desejo um Bom Ano aos colegas do Plantas. Obrigado, amigos.  
Na época 2020, o Plantas Tristes vai operar um rebranding do seu foco, digamos assim, e alargar o modelo de negócio, passando a ocupar-se também de outra relevante temática: Cabeleireiros em Primeiros Andares de Prédios de Habitação. Desta feita, tentaremos proceder, em território nacional (Continente e Ilhas), ao levantamento sistemático dos cabeleireiros situados em primeiros, segundos ou terceiros andares de edifícios, com reclame luminoso na varanda (opcional) e necessidade de acesso por escadas ou em modo elevador. Acreditamos que o tema Cabeleireiros em Primeiros Andares de Prédios de Habitação, além de financiamento comunitário e observatório de boas práticas, deveria merecer maior atenção por parte de decisores políticos e da chamada «opinião pública de um modo geral». Neste sentido, agradecemos a todos os que tenham o favor de nos comunicar, de preferência com foto tipo passe e factura simplificada, a localização de Cabeleireiros em Primeiros Andares de Prédios de Habitação. Admitem-se cabeleireiros situados noutros andares, até ao 6º piso, e, bem assim, cabeleireiros em prédios comerciais e/ou de escritórios, ainda que a primeira preferência vá, como atrás referido, para Cabeleireiros em Primeiros Andares de Prédios de Habitação. Muito obrigado pela V. colaboração. Bom Ano.
 



 
 
 
 
 
 
 
Rectificação Importante – um colaborador do Plantas Tristes, que pediu para não ser identificado, esclareceu que também são admitidos a concurso cabeleiros situados no rés-do-chão, desde que sem entrada directa para a rua.
 
 
 
 


 

Mamassuma!

 
 





segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Dois papas, um livro e um filme (que não é um documentário).


 
 

 
Anda aí certa polémica por causa do filme «Os Dois Papas»
Para começar, convém dizer que o realizador, Fernando Meirelles, é autor de um filme espantoso, a espantosa Cidade de Deus. Não é um «autor» de cinema, mas também não é um realizador inepto, sobretudo em termos narrativos ou técnicos.
Quanto a este, convém então dizer que:
 
1 – É uma obra de ficção, ainda que baseada em factos reais; num certo sentido, é um filme delicodoce, com os papas a beberem Fanta e a comerem pizza, a verem jogos de futebol, explorando bem a ambiguidade entre o extremo formalismo (a escolha dos Papas, as vestes, os ritos) e a informalidade íntima de dois «amigos». A trouvaille está aqui: contrastar o aparato simbólico da Igreja e a humanização extrema dos protagonistas máximos desse aparato. Como obra ficcional (repete-se: como obra ficcional) é um filme sedutor, tecnicamente bem feito, com uma história bem contada  e, se quisermos, «bem conseguido» (as interpretações, incluindo a de Hopkins, não são particularmente densas ou profundas, ajustando-se, até aí, ao tom geral do filme, nada dramático ou sombrio, e, pelo contrário, bastante alegre e festivo, porventura em demasia). Mas não é um «grande filme» ou, como antes de dizia, um «filme de tese», no sentido em que não apresenta uma reflexão profunda e grave sobre as angústias destes dois homens, sobre o lugar que ocuparam ou ocupam na Igreja, sobre os seus dramas e os seus mistérios. Não é uma grande obra cinematográfica, é um filme comercial e apelativo, «agradável de ver».
  
2 – Não é uma obra, parece-me, que vá agradar a anticlericais ou a ateus militantes, pois, ao fim e ao cabo, dá um retrato humanizado dos dois papas, e não resvala no furor clássico (e estúpido) contra Josef Ratzinger. Os dois homens são retratados ficcionalmente como devem ser: o intelectual Ratzinger, a jantar sozinho e a falar latim; Bergoglio, homem do mundo, do tango e do futebol. São retratos caricaturais, talvez exagerados mas, importa dizê-lo e recordá-lo sempre, isto é um filme, não é um documentário.
 
3 – Ao contrário da opinião de alguns católicos (como João Duarte Bleck no Observador), creio que Bento XVI não sai maltratado daqui. Pelo contrário, aparece até como o «padrinho» de Bergoglio, o homem que preparou e desenhou a sua sucessão ao Papado – o que, à semelhança das marcas de carácter de Josef e Jorge, sublinhadas a traço grosso, é também um exagero ficcional (mas, desta feita, um exagero ficcional até favorável a Bento XVI…) Há a questão da pedofilia, que não pode ser tratada como uma questão menor, obviamente, mas ela é tão complexa que, por ora, me absterei de a comentar. O que me parece, numa primeira impressão, é que Bento XVI não surge como o «encobridor» dos escândalos de pedofilia e, factualmente, o que é dito no filme está certo e correcto do ponto de vista da verdade histórica (mas confesso que não estudei o assunto em profundidade). Para quem, como eu, leu o livro em que o filme se baseia, este até é mais simpático para Ratzinger do que a obra de Anthony McCarten, de que já falei aqui no Malomil.
 
Em suma, um filme, não um grande filme. Um filme, não um documentário. Agradável de ver, que merece ser visto, até para poder ser criticado. Mas, uma vez e sempre, inteligência e serenidade nestas coisas, como em todas. Não transformem este filme num Je vous salue, Marie porque, para o bem e para o mal, não o é.
 
 
 
 

domingo, 29 de dezembro de 2019

Será verdade?






          Sou amigo e muito próximo de alguns alcoólicos, disseram-me, não tenho a certeza (alguém pode confirmar, por favor?), que a Unidade de Alcoologia de Lisboa vai ser encerrada ou, uma vez mais, limitada no seu extraordinário apoio aos doentes. Disseram-me, não sei. Mas, se for verdade, para que serve um excedente orçamental se é assim que se tratam as pessoas?



sábado, 28 de dezembro de 2019

Provocações.

 
 


Comecei agorinha a ler, e a gostar muito destas Provocações, de Camille Paglia. Muito melhor do que o anterior dela, Mulheres Livres, Homens Livres. Para já, dois textos formidáveis, um sobre Prince, outro sobre David Bowie. Darei notícias em breve.




 
 

 

O Deus das pequenas coisas.


 
 
 
 
Esta semana, em «Péssima Companhia», crónica semanal no Diário de Notícias, «O Deus das Pequenas Coisas», sobre memórias e falsas memórias, sobre as pequenas-grandes coisas de que se faz o trabalho da (boa) recordação.
 
 
 
 
 

Bethlehem, Pennsylvania.

 
 




Fotografias de Onésimo Teotónio de Almeida






 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Lisboa S.O.S.

 
 



A Livraria Olisipo vai fechar portas. Um dos melhores alfarrabistas da cidade. No comunicado aos clientes, dizem:
 
É com sentida tristeza e até revolta que, apesar de termos lutado até à exaustão para conservar a nossa livraria no local que ocupamos há 33 anos, vos comunicamos que teremos de a encerrar no final de dezembro, porquanto o contrato termina em Fevereiro de 2020. Tentámos salvaguardar a nossa livraria ao abrigo da modalidade «Loja com História». Na verdade, o nosso pedido foi deferido. Porém, devido à incompetência e à incúria da Câmara Municipal de Lisboa e dos seus funcionários, que não notificarem o senhorio, como a lei prevê, a nossa legítima pretensão ficou sem efeito. Deste modo, o senhorio e os seus advogados aproveitaram este inacreditável erro da Câmara para se opor.
 
Portanto, e a acreditar no que diz a Olisipo, e nada temos para duvidar disso até que a CML prove o contrário, este encerramento deveu-se a; incúria, incompetência, desleixo, erro, estupidez e tudo mais da Câmara Municipal de Lisboa.
 
O que está a acontecer em Lisboa é uma VERGONHA. Fecham lojas históricas atrás de lojas históricas, o trânsito está um caos babélico, as ruas infestadas de tuc-tuc, Fernando Medina e a sua vereação, se não arrepiarem caminho, ficarão para a posteridade como os grandes assassinos do pouco que já resta da Lisboa que amamos. Onde anda o Zé, que tanta falta fazia, diziam? Duvidam? Vão à Baixa, vão ao Chiado. Por detrás da fachada feérica e trendy, entre a turba dos turistas, uma cidade que perdeu a alma. Ou, pior ainda, que a vendeu por trinta dinheiros. Como Judas, o traidor.
 

 

Portugal é Sensacional.

 
 
 
 
 
 
 
Obrigado, Rita!
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Alegrias (da Luisinha)



 
 

 
Alegrias
 
Oh meu caro amigo! Nem mo pergunte! O Natal oferece-me alegrias, uma, várias, inumeráveis. Primeira, hoje não fui atropelada por um jeep! Quer maior motivo de júbilo? E foi por um triz. No estacionamento do hipermercado, um casal de jovens, na adrenalina de comprar presentes, de comprar os presentes! Já eu saía com o meu saque, e passava obscuramente contemplando na lista o que me faltava ainda saquear e o jeep rasou a ponta da minha saia, alucinado. Não me viu. O rapaz não me viu, a mulher não me viu, iam fixos nos presentes do Natal, deviam andar às voltas no estacionamento do hipermercado há horas à procura de lugar. Sei que a partir de certa idade as mulheres se tornam invisíveis, mas a invisibilidade das pessoas no Natal é geral, é um fenómeno de massas, calha a todos. A pessoa para ser vista tem de ficar quieta e fazer de objecto. Fazer de iPhone, justamente. Não sei como, amanhem-se, arranjem maneira. As pessoas existem umas para as outras na natureza de obstáculos ao objectivo proposto que é sacar o máximo no mínimo de tempo possível. Ia a passar descansado um casal com um bebé no carrinho e tive de os avisar: “Cuidado, é Natal! Tenham atenção à criança, hoje ninguém está a salvo!”. Eles sorriram, coitadinhos. Sabemos o destino destas prendas. Pelo menos, suspeitamo-lo, quando inserimos o multibanco para as pagarmos. Ele vai deitar fora, não vai usar, tem dez iguais a este, mas é um pro forma e nós vivemos sem tudo, menos sem pro formas. Um amigo de antanho contava com pormenores sádicos o Natal em casa dele, e esse ficou-me na memória como o Natal por antonomásia: começava tudo bem, calmo, com naturalidade, à medida que o álcool e o açúcar faziam ses ravages no sangue, vinham as embirrações, as insinuações, as acusações, os ajustes de contas e antes que as pessoas deixassem de se falar umas às outras, anunciava-se que tinha chegado o Menino Jesus e distribuía-se as prendas. Reza a lenda que havia sempre uma certa quantidade (maior, menor, quem é que está a contar?) que acabava por ser ou expelida pela janela (um décimo andar das avenidas novas equivalente a um oitavo nas avenidas velhas) ou, mais tarde, em discussões privadas cujo alcance se estendia por muitas décadas, atiradas ao lixo e espezinhadas com as espinhas do bacalhau. E isto dá-lhe alegria?, perguntarão, mas a senhora é de um cinismo sem igual! Eu não quero ouvir nem mais uma palavra! Quem é que pôs esta senhora aqui? Ouvi-la faz-me mal, fica tudo negativo e negro. E eu já tenho dificuldades com o Natal, porque o meu pai…Não, não, acalme-se. Dá-me alegria porque tem a sua graça, depois ainda porque tem alguma realidade – não digo universal, mas o suficiente para generalizar alguma coisa – mas dá-me alegria sobretudo porque a minha não entra nessa categoria de famílias. A minha família é simples, discreta e quanto a festividades é qb. Não tem a Mística do Natal em Família, nem deixa de ter. O que me leva ao seu motivo, caro: estejam vivos, por favor. Em rigor, e lamento desdizer Lili Caneças, estar vivo não é o contrário de estar morto. Aristotelicamente, o contrário de estar vivo é não estar vivo. Ora, há muitas maneiras de não estar vivo não se estando realmente morto; o ente tem gradações a granel, digamos que estar vivo num campo de concentração de refugiados na Grécia debaixo de neve e embrulhado num plástico não será o mesmo que estar ao borralho em amena cavaqueira com o cunhado mais chegado na consoada algures na periferia de Macedo de Cavaleiros. E quem diz Macedo de Cavaleiros diz outra coisa qualquer. Aqui poderia elencar todas as desgraças do mundo, mas para quê? Não as conhecemos já? Não as elencam à razão de duas ou três por ano o Papa Francisco e o nosso Presidente nas suas alocuções? Isso também me causa alegria. Que as elenquem. Ficam elencadas. Então este ano é o quê? O que é que está a dar? A fome no mundo, pá, dá-me galo. Então vamos pela fome no mundo. Os migrantes afogados? A morosidade da justiça, a celeridade da injustiça? Vamos pela morosidade. Mas, dir-me-ão os que não querem ver o seu Natal a resvalar para a negatividade, que a fé tudo visita e tudo salva e que a família lá na lama da Grécia é feliz desde que esteja junta e se conta por felicíssima em simplesmente estar viva. Seu hossana é meu hossana, mê irmão. Lá está, mais uma alegria para mim. É como lhe digo, é só eu querer, e tudo são alegrias.
 
Luísa Costa Gomes
 
 

A porta do Oriente (8)


 
 
 
Beirute é uma cidade muito antiga. Por todo o lado há vestígios arqueológicos a céu aberto, inseridos na malha urbana.
 
 
 
 
 

 
 
Fotografias de 8 de Novembro de 2019
José Liberato
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 22 de dezembro de 2019

Bom Natal com Walter Dias.

 
 
 
 
 
 
 
 
          Entrei há pouco no café para comprar tabaco e estava a dona Fernanda a discutir com o filho sobre onde é que iam fazer a ceia de Natal, se na casa da mãe, se na casa do filho (e nora, que ela não grama).  A coisa, como é óbvio, rapidamente descambou e às tantas eram tais gritos e berros por causa da ceia do Natal que estava a ver que não me aviavam o tabaco, que aviaram. Para quê, senhores, para quê estas coisas? Até para a ceia do Natal se discute, andam-me a China e a América embrulhadas, o planeta todo a aquecer, a gente amarfanhada em conflitos uns com uns outros e, sobretudo, com nós próprios e depois, quando acordamos, olha, já estamos mortos. Para quê, senhores?  
Vejam isto: a TC. mandou-me esta fotografia, tirada por ela na Bela Vista, imediações de Chelas, hoje mesmo, nesta manhãzinha chuvosa. Andou ela por ali, e também pelas minhas bandas e da dona Fernanda, a tirar fotografias. Sozinha, à chuva. Há um par de anos, a TC. teve um problema grave de saúde, viu o outro lado ou lá perto e regressou lentamente à vida. É maravilhoso vê-la a tirar fotografias, sozinha, à chuva. Porquê? Porque a TC. está viva (como, espero, quem esteja a ler estas linhas). O resto não interessa, só a vida interessa. Há tempos escrevi um texto sobre o célebre mot d’esprit de Lili Caneças, estar vivo é o contrário de estar morto. E, acreditem, é mesmo assim, estamos vivos. Ou, como dizia o mestre-de-obras brasileiro à minha amiga R., em provérbio nordestino, só a morte não tem conserto. Raul Solnado, noutro mot d’esprit, dizia: façam o favor de ser felizes. Eu sou mais modesto: façam o favor de estar vivos. Para gozar muitas coisas. Entre elas, esta epifania que a TC teve em Chelas: um circo natalício, amargado e triste, com o nome Walter Dias. A alegria Disney, digo, Dias, chegou a Lisboa. E o resto, o resto não interessa nada.
Bom Natal.
 
 
 
 

Rejoice!

 
 

 
De Braga, a Idolátrica, a Manuela mandou-me Handel (não Händel, como me explicou o Jorge Calado). Ouçam o Natal, ouçam-no. Rejoice! Rejoice! Rejoice!

sábado, 21 de dezembro de 2019

Uma simples dúvida, não mais.

 
 
 
No Diário de Notícias de hoje, e a propósito do seu último livro, uma muito interessante entrevista do Padre Anselmo Borges em que diz, a dado passo, que «a lei do celibato obrigatório não tem nenhum fundamento bíblico. Jesus não impôs essa lei».
          Há muita gente que diz, talvez bem, que o facto de os padres não poderem casar e ter vida sexual lhes retira uma parte essencial da experiência humana, sem a qual dificilmente se poderão considerar seres humanos na íntegra ou exercerem o seu múnus de aconselhamento e pastoreio dos outros. É um facto que alguém que nunca conheceu a sexualidade dificilmente a compreenderá ao ponto de poder falar sobre ela em termos tão radicais e afirmativos como tantas vezes o fazem os padres. Mas também é certo que, por esse caminho, se deveria impor aos padres que casassem e tivessem uma vida sexual muito activa para poderem ser sacerdotes de almas.
          Entre uma coisa e outra, o celibato compulsório e o casamento obrigatório, interrogo-me sobre se a Igreja não deveria fazer, no máximo, uma recomendação do celibato mas permitir o casamento dos que quisessem. Seria essa, talvez, a máxima e mais autêntica prova de adesão à Igreja por parte dos que se quisessem manter (voluntariamente) celibatários. Dirão que ninguém vai para padre obrigado, que essa adesão voluntária já existe. Talvez. Mas tudo se passa no mais leonino dos contratos de adesão, o que, no campo da vida pessoal e emocional, talvez não seja a melhor forma de tratar um ser humano, sobretudo para uma Igreja que se diz… cristã. De qualquer forma, é só uma dúvida, uma mera interrogação, nada mais.
 
 




 
 
 
 
 

Leitura obrigatória.


 
 
 
Sei que é Natal, então esperem uns dias mas não deixem de ler isto (obrigado, Quimpê!):
 
 



A porta do Oriente (7)


 
 
Todos os defensores da Revolução Libanesa insistem no seu carácter espontâneo e desorganizado. Contudo, não podemos deixar de constatar a eclosão no espaço de duas semanas, de revoltas idênticas no Líbano, no Iraque e no Irão, sempre atingindo os interesses xiitas na Região.
 
 

O Monumento da Praça dos Mártires
 

 
A Praça dos Mártires e o símbolo da Revolução
 
 
 
 

 
O cerco ao Parlamento
 


 
A cozinha comunal dos manifestantes
 

 
 

O símbolo da Revolução
 
 

O humor na Revolução
 
 

 
Fotografias de 13 de Novembro de 2019
José Liberato
 
 
 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

O Sinal Admirável.

 
 
 
O Dr. Jaime Gama, com a carinhosa inteligência de sempre, ofereceu-me este livrinho pelo Natal. O Sinal Admirável. Li-o ontem, é encantador. Fica o agradecimento e a recomendação.