domingo, 31 de maio de 2015

O chalet da memória.

 
 
 
 









 




Filho de imigrantes portugueses na Venezuela, Manuel Pita, também conhecido por «Sejkko», é um cientista e fotógrafo que explodiu no Instagram (e aqui, por exemplo). A sua série mais recente, «Lonely Houses», apresenta imagens de casas portuguesas tradicionais. Fotografias editadas para realçar cada morada, eliminado a tralha urbanística que certamente a circunda. Em tonalidades suaves e cores inofensivas, cada construção na sua solidão. O resultado é nostálgico, ingénuo, doce, amigável – e agradável de ver. Talvez pouco mais do que isso, apenas uma ideia «gira», uma coisa boa. Precisamos muito delas, num ano de muitas dores. Amanhã começa Junho, que a Sofia não vai ver.
 
À memória da Sofia Cota Dias
 






De profundis.

 
 
 
 
Gosta que o comparem com José Rodrigues dos Santos?
Em termos de números, é a comparação natural, é quem vende mais.
 
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)
 
 
 

De profundis.

 
 
 
 
 
 
«O amor é de longe, para mim, a coisa mais importante do mundo.»
 
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)



De profundis.

 
 
 
Pedro Chagas Feitas na visão de seus pais (anos 1920)
 
 
«Os meus pais diziam que eu era o próximo Fernando Pessoa.»
 
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)

De profundis.

 
 
Herberto Helder, inspirador de obras como Prometo Falhar, de Pedro Chagas Freitas
 
 
Algumas pessoas acham-no insuportável, que é só clichés.
Há pessoas que acreditam que a literatura é ser sempre Dom Quixote ou aquilo que idealizam, não é a minha ideia. Nem da literatura nem da arte no sentido mais lato. É algo que mexe com as emoções de quem lê ou vê, mas para mim também é importante um lado estético, a beleza. Foi uma descoberta que tive com Herberto Helder. Na obra de Herberto não é uma experiência literária ou visual, mas visual. Quando me dizem “este texto é lindo” não é depreciativo.
 
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)

De profundis.

 
 
 
Vitra DKR Eames Chair



Fica uma diva quando está a escrever?
Não, mas tenho alguns rituais. Escrever no mesmo sítio, por exemplo. E também tenho o ritual de estar desconfortável.
 
Uma cadeira de pau?
Sim na agência era o único que tinha uma cadeira de madeira quando todos tinham cadeiras almofadadas. Acho que escrevo melhor assim.
 
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)
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De profundis.





Herberto Helder, também conhecido por «o Herberto», com 253 mil seguidores no FB
 
 
 

Parece que, nos escritores, acreditamos mais na genuinidade de um Herberto Helder.
Sim, é muito mais credível, mas o Herberto é um caso extremo. Eu respeito quem tem essa abordagem; agora, a minha é: eu escrevo e quero ser lido. Como vou chegar aos leitores? Nos dias de hoje, através da internet. E cada vez há mais pessoas que o fazem assim.
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)

De profundis.

 
 
Pedro Chagas Freitas, autor de obras como Prometo Falhar e Crime e Castigo
 
 
Mas ao dizer que é uma marca questionamos o que é verdade no livro, se não é escrito assim para vender mais.
Percebo a questão se virmos por esse lado, como algo construído para vender. Mas quando digo que é uma marca é no sentido de ser incontornável, de ser conhecido. Dostoievski é uma marca, não é por isso que ele se “vendeu”.
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)

De profundis.

 
 
 
 
 
Mas o Pedro chegou a escrever os teasers sobre os seus livros, auto-elogios.
Já não faço, mas houve uma altura em que tive de o fazer porque não tinha uma editora que o fizesse por mim. Agora acho que não há ninguém que perceba melhor como vender a sua obra do que o autor – vender no sentido de as pessoas gostarem e quererem saber mais.
 
(Pedro Chagas Feitas, jornal «i», de 30/5/2015)