domingo, 25 de dezembro de 2022

Entre Oriente e Ocidente (28).

 


 

Bitola é a segunda maior cidade da Macedónia Norte. É mais conhecida pelo nome de Monastir, o nome usado no tempo do Império Otomano.

Nos seus arredores encontra-se um cenário inesperado: o enorme cemitério militar francês de Bitola.

Durante a I Guerra Mundial travaram-se sérios combates nesta Região. Em 1915 a operação dos Dardanelos (abrangendo a batalha de Gallipoli na Turquia) constituiu um fracasso para as tropas inglesas e francesas. Duas divisões francesas e parte de forças inglesas vão formar o chamado Exército do Oriente que vai posicionar-se na defesa da Sérvia (aliada da Entente) e contra a Bulgária (aliada dos Impérios Centrais).

Uma guerra de usura instala-se até à vitória da Entente em 30 de Setembro de 1918.

Aqui estiveram durante três anos militares franceses em condições terríveis nomeadamente no período da gripe espanhola ou pneumónica. Hoje 6000 campas individuais e um número maior ainda de corpos não identificados ocupam um enorme cemitério militar francês, recordação trágica de conflitos terríveis em locais esquecidos.





A cidade de Bitola, vive sob o signo de Filipe II da Macedónia:

 



 


E de alguns vestígios da época comunista:

 


Em Bitola, estudou na Academia Militar Turca de Monastir, o futuro fundador da República Turca, Mustafa Kemal Atatürk:

 



                                                                              Fotografias de 24 de Maio de 2022

 

                                                                                                                José Liberato



segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Entre Oriente e Ocidente (27).

 

 

O lago Ohrid pertence dois terços à Macedónia do Norte e um terço à Albânia. Tem 32 quilómetros de comprimento. Caracteriza-se por uma grande profundidade: cerca de 300 metros. E é de uma beleza notável.


 





Na parte Sul do lago, a localidade de São Naum onde avulta o Mosteiro consagrado ao mesmo Santo. É do Século XVI e no estilo bizantino:

 




 

Fotografias de 23 de Maio de 2022

 

José Liberato


quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo.

 



                                                    

     

                                                          Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo:

                                                    O olhar do historiador João Paulo Oliveira e Costa



 

“Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo”, é verso de poema de Alexandre O’Neill, aqui muito pertinente, pois trata-se de uma questão que temos todos connosco. No todo ou na parte, a reflexão sobre Portugal, como ganhou identidade, como se compraz a ser independente e a ver no seu povo um modo peculiar de se relacionar com os outros povos, é uma permanente preocupação de intelectuais portugueses, sobretudo desde o século XIX à atualidade, basta invocar os nomes de Oliveira Martins, António Sérgio, Agostinho da Silva, Orlando Ribeiro, José Mattoso, Vitorino Magalhães Godinho, Manuel Antunes, a lista é folgada. Confesso que este ensaio intitulado Portugal na História, Uma Identidade, de João Paulo Oliveira e Costa, Temas e Debates/Círculo de Leitores, 2022, é um exercício de referência, não só dada a largueza do olhar deste investigador com altíssimos créditos firmados, decidiu escolher uma itinerância global, que ele classifica como “ensaio historiográfico de geoestratégia”. E diz mais sobre esta sua reflexão em torno de Portugal, “trata-se de uma obra amoral, desinteressada de valores e utopias. O que está em causa é perceber porque é que Portugal existiu como entidade indissolúvel, mesmo quando perdeu a independência. Uma singularidade excecional como é o facto do país ter a fronteira terrestre mais antiga do mundo, não será vista como uma proeza de heróis, será apenas entendida como o resultado de uma sucessão de acidentes, ainda que estribados no aproveitamento da Geografia, e alimentados por uma resiliência peculiar da população, e também pelo facto do país vizinho nunca ter desejado, desde o século XIV, conquistar pedaços do território e ter aspirado sempre à submissão do todo, como conseguiu momentaneamente entre 1580 e 1640”.

É um ensaio de arromba, asseguro-vos, caminha para as 600 páginas, irá falar-nos de permanências (dinâmicas centenárias) e dos ritmos do tempo (sucessão de conjunturas), algo como aquilo que em História se designa por longa duração é o retrato da nossa identidade. Vamos ser imersos nas características do território, a presença de outros povos que nos dão o nosso modo de ser, que tanto podem ser romanos, nórdicos, semitas, árabe-berberes; e com a construção de uma língua autónoma, uma vida concelhia muito própria, espraiados entre a atração europeia e aquilo que constituiu (e constitui) a presença em várias parcelas do globo, afinal fomos formados a partir de um projeto de reconquista cristã, firmadas as fronteiras terrestres procurámos o Mediterrâneo, espiolhámos o Atlântico, viajámos e tivemos pontos de fixação em lugares remotos do Índico. E houve, nessa aventura dos Descobrimentos uma vanguarda científica, logo a cartografia quatrocentista, a natureza das embarcações, a astronomia, a matemática, o sermos pioneiros no estudo da biodiversidade. São, pois, permanências que se cruzam com aventuras comerciais, o sentido da missionação, itinerâncias que conjugadamente com os ritmos do tempo, nos dão o ADN de hoje.

Estes ritmos do tempo observados pelo investigador têm sempre presente a questão: porque é que Portugal existe? A resposta é necessariamente um livro aberto, ele procura os indícios que pronunciam a identidade, fala-nos na A66, a segunda autoestrada mais longa de Espanha, 810 km a ligar Gijón, nas Astúrias, a Sevilha, na Andaluzia, bem vistas as coisas, os romanos fugiram aos mais significativos acidentes orográficos, poderá estar aqui uma chave explicativa de como tivemos a natureza a nosso favor, ficámos arrumados neste quadrilátero. A nossa identidade emerge em 868, é o primeiro condado portucalense, o segundo condado culminará com Afonso Henriques a criar o reino de Portugal, após a batalha de S. Mamede, é um reino em perigo que será bem-sucedido quando o território se define e se celebra a paz com os outros reinos da Península, pelo caminho houve o Tratado de Alcanizes (1297), que configurará o essencial das nossas fronteiras no continente europeu. Seguir-se-ão as fronteiras marítimas com o processo da expansão, e o autor dá o pormenor do reinado de D. João I e como se desenvolverá o projeto henriquino.

E há uma chamada de atenção, a reter: “As mudanças profundas na natureza do país verificadas no frenético segundo quartel do século XV não alteram os sentimentos de identidade coletiva que se vinham afirmando desde o século XII e que se tinham manifestado estrondosamente na crise de 1383-1385”. Percorre-se a dinastia de Avis até ao seu colapso, chegamos à Restauração, rememora-se o que ocorreu no império dos portugueses, com o reconhecimento definitivo da Independência almeja-se a neutralidade, chegou o tempo das riquezas do Brasil, procura-se dar solidez às parcelas que restam no império africano e asiático. São dados que o historiador maneja desde a monarquia até à I República, daí passamos ao Estado Novo e a uma nova estação, o 25 de Abril. Releva-se a teimosia com que Salazar forjou a defesa do império, indiferente às críticas da diplomacia mundial, terá havido, mesmo no início do mandato de Marcelo Caetano a ingenuidade de acreditar num império perpétuo: “Apesar de enfrentar as críticas de quase todo o mundo, Portugal obteve sempre os apoios diplomáticos suficientes para não defrontar uma crítica unânime, ao mesmo tempo que preservou praticamente incólume o domínio de Angola e Moçambique, ao ponto de projetar e iniciar, em 1970 a construção de uma barragem gigantesca no rio Zambeze“. E não descarta o nó górdio, a incompetência do governo, que não soube aceitar uma solução política para a Guiné.

É ousado nas suas observações, falando do fortíssimo conflito que separou o PS do PCP, dirá: “O debate televisivo de 6 de novembro de 1975 foi também uma discussão entre os defensores da secular presença portuguesa ao sistema político-militar atlântico e aos seus opositores, agora russófilos. Pela sua original ligação ideológica à URSS, o PCP, para lá do modelo sociopolítico que adotou, moldou a sua forma de ver o mundo pelo prisma do anti-imperialismo proclamado pela URSS; como os acontecimento de 1991 não alteraram a oposição entre Washington e Moscovo, o partido continuou focado nas críticas à NATO e, por isso, continuou próximo do discurso geoestratégico de Moscovo, independentemente de o Kremlin ser dominado pelos sovietes ou por um regime de inspiração czarista/capitalista”. O historiador dá conta da abertura ao mundo como apanágio do Portugal democrático, e não se furta a considerações sobre o debate havido quanto à criação de um museu sobre os Descobrimentos, lembrando que monumentos classificados pela UNESCO como património mundial em Marrocos, Brasil, Uruguai, Cabo Verde, Gana, Angola, Moçambique, Tanzânia, Quénia, Bahrain, Índia, Malásia e China, construídos pelas portugueses, devem tal classificação a candidaturas apresentadas por estes Estados soberanos que protegem o legado deixado pelos portugueses. É outra dimensão do Portugal global onde perdura a lusofonia para além do sentimento da nossa vivência europeia.

Leitura obrigatória. Um sério candidato a prémios científicos, pelo primor da investigação e do peso da reflexão. 



                                                                                    Mário Beja Santos 




terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Entre Oriente e Ocidente (26).

 


 

Ohrid, junto das margens do lago do mesmo nome, é a oitava (em população) cidade da República da Macedónia do Norte. E, a propósito, convém dizer que antes de 2019, o nome oficial do país era Antiga República Jugoslava da Macedónia, sendo conhecido também pelo seu acrónimo inglês de FYROM (Former Yugoslav Republic Of Macedonia).

A cidade histórica, património mundial da UNESCO, é conhecida pelas suas ruelas sinuosas, casario branco e as suas inumeráveis igrejas (alguns dizem que são 365!...)




A Igreja de Nossa Senhora de Bolniichka e os seus frescos





O Teatro Antigo é pré-romano. Na realidade é helenístico.




A chamada Fortaleza de Samuel, possivelmente mandada construída por Filipe II da Macedónia:

 


A Igreja da Madre de Deus Perybleptos e os seus frescos:





A Igreja de São Clemente e São Panteleimon:


E finalmente a belíssima igreja de São João de Patmos e o seu enquadramento fascinante:




                                                                     Fotografias de 22 e 23 de Maio de 2022

 

                                                                                                                José Liberato


São Cristóvão pela Europa (207).

 


 

Voltemos ao nosso Portugal.

Ainda há São Cristóvãos por descobrir por aqui!

Nesta série encontrámos várias imagens no concelho de Guimarães. Mas havia mais duas.

Já tínhamos passado pela Igreja de São Cristóvão de Abação, infelizmente sempre fechada.

Uma vez aberta, encontra-se o Santo da sua invocação:

 






Em Pevidém, a Igreja Paroquial de São Jorge de Selho também conhecida como Capela de São Brás, é um magnífico exemplar barroco do Século XVIII.

 

No interior, no altar-mor rococó e de talha polícroma, uma imagem de São Cristóvão:

 



 

                                            Fotografias de 24 de Setembro de 2022

 

                                                                                      José Liberato


 


quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

São Cristóvão pela Europa (206).

 


 

Termino hoje a minha digressão do Verão passado pelo Centro da Europa, ainda pelo Estado da Alta Áustria.

Thalheim bei Wels é uma cidade que dispõe de várias imagens de São Cristóvão.

Na Igreja gótica de São Estêvão (do Século XV na sua forma actual) um nicho exibe uma estátua do nosso Santo.






A igreja de Santo Egídio tem um belo mural com a figura do nosso Santo:






A Capela dos Catorze Santos Auxiliares possui um quadro representando esses santos, entre eles São Cristóvão:

 





Finalmente em Schärding, junto à fronteira com a Alemanha, uma fonte na praça principal:



                                                                            Fotografias de 10 e 11 de Agosto de 2022

 

                                                                                                                        José Liberato


segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Galiza, terra da nossa fala e do nosso berço pátrio.

 



 

O mínimo que se pode dizer desta obra Galiza, Terra Irmã de Portugal, por Ramón Villares, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2022, é que é obra mestra de pedagogia para entender os vínculos profundos que ligam Portugal à Galiza. Dali irrompeu a nossa língua, fizemos conjuntamos parte da Galécia romana, que tinha sede em Braga; e sempre que atravessamos o Minho somos surpreendidos pela continuidade da paisagem, pelo calor do acolhimento e por não precisarmos de mudar de idioma. Como observou Filomena Mónica, “Entra-se na Galiza sem dar por isso.” É este o assombro de ter um vizinho-irmão de quem mal se conhece a História e este valiosíssimo estudo revela-se um fecundo contributo, até porque, por decisão do autor, o ensaio foi escrito em diálogo com a história portuguesa e com as suas principais linhas de força.

Ainda mais observa o autor que os galegos fazem parte permanente da história portuguesa, contribuíram para criar “a escadaria dos socalcos do Douro”, que Orlando Ribeiro considerou “a mais vasta e imponente obra humana do território português”. Isto para já não falar a convivência amigável que se estabeleceu no Brasil e na América do Sul entre estes emigrantes altamente adaptativos. Ramón Villares propõe uma viagem diacrónica. Primeiro, mostra-nos a terra dos galegos, releva a diversidade interna, o granito e a sua paisagem com formas onduladas e suaves, o clima oceânico, os contrastes climáticos muito marcados; povoamento em aldeias concentradas ou em casarios dispersos, à semelhança do Norte de Portugal, pátria do minifúndio, as estruturas agrárias tiveram sempre um peso determinante no ordenamento do território. Uma Galiza que veio da Galécia, que tinha poucas cidades, preponderava Compostela, Ourense e Tui e certos burgos costeiros, só mais tarde se impuseram Vigo e Corunha.

Segundo, o longo termo da duração do país galego; recua-se até à província da Galécia, criada no século III d.C., na época do imperador Diocleciano, mas antes desta presença romana aqui houve culturas megalíticas e castrejas. A romanização foi determinante, garantiu a aculturação, fundindo as tradições indígenas e a influência cultural do império de Roma. E há que não esquecer o reino suevo no tempo dos povos germânicos que invadiram a Península Ibérica, que permaneceu independente até ser conquistado pelos visigodos. O nome do cristianismo se impôs: Martinho de Braga, bispo de Dume, a figura cristã por excelência. E a partir do século IX desencadeou-se um processo de feudalização. Emerge um novo reino cristão liderado por D. Afonso Henriques, criador da dinastia borgonhesa – assim se deu a divisão da antiga província romana e sueva da Galécia. E o autor reflete sobre uma pátria dividida, a Galiza tem as suas fronteiras desde o século XII, fronteiras estáveis, haverá pontualmente ao longo da História conflitos galaico-portugueses, caso das guerras da independência entre 1640 e 1668.

O condado portucalense, no início, não parece constituir uma rutura à vista, eram reinos cristãos, Raimundo e Henrique estavam casados com duas filhas do rei Afonso VI de Leão, mas D. Afonso Henriques transformou o condado em reino, não nasceu nenhuma oposição forte nas duas margens do rio Minho. Os historiadores sempre ruminaram quanto ao destino muito diferente para as “duas Galizas”. As populações não se separaram radicalmente. “Durante vários séculos a fronteira política entre Galiza e Portugal era tão ténue que permitiu uma grande permeabilidade social e institucional em ambos os lados do rio Minho ou através da raia seca, nascia a boa vizinhança entre as populações arraianas. É facto que o reino da Galiza ficou bloqueado na sua expansão para sul e numa posição excêntrica face a Leão e Castela – a Galiza passou a ser uma terra de término, sem a possibilidade de dispor de uma fronteira. Mas ganhou um peso na cultura e na espiritualidade representada pelo túmulo do apóstolo Santiago. A língua portuguesa nasceu na Galiza, aparece o romance galaico-português, a poesia trovadoresca, a terra de Santiago torna-se no itinerário fundamental da Europa cristã.”

Terceiro, Santiago significa Caminho, peregrinação, impõem-se vários caminhos, partem de Santiago inúmeros teólogos e professores, para estudarem e darem aulas em Bolonha, em Paris ou em Salamanca, estamos assumidamente numa finisterra europeia. “A figura do apóstolo foi capaz de resistir à divisão da terra dos Galegos, mas também de se tornar o campeão das aventuras bélicas e conquistadoras dos reinos cristãos de Portugal e de Castela, os quais, séculos mais tarde, passariam a ser a cabeça de dois impérios ultramarinos. Como observa o autor, a evolução histórica da Galiza medieval ficou claramente marcada pela sua posição política excêntrica no contexto das monarquias de Leão e Castela e pela hegemonia política da nobreza eclesiástica sobre a laica”. É um extraordinário sorvedouro de informações que não dispomos, de um modo geral, desta gente da nossa fala.

Quarto, chegamos à Galiza moderna, o renascimento nacionalista emergiu claramente em atmosfera propícia, o mesmo se estava a passar na Catalunha. Houve grandes mudanças no mundo rural, a conversão maciça dos camponeses em pequenos proprietários, deu-se a emigração, chegou-se a Portugal ou atravessou-se o oceano nestes tempos de ressurgimento cultural e político, e o autor dá-nos o panorama destes fenómenos do orgulho da língua, da busca de origens heroicas, como o celtismo, a obsessão em europeizar a Galiza. É neste contexto que Portugal aparece como referência, a aproximação entre os dois povos é registada por um vasto número de intelectuais, no final do século XIX ao século XX a Galiza entrou na tendência política cultura iberística.

Quinto, o nacionalismo galego é travado pelo franquismo, será necessário esperar pela Constituição de 1978 para nascer o governo da Comunidade Autónoma, em 1983, pela lei de normalização linguística, deu-se a transição de uma língua popular para um idioma culto e com presença instrucional no sistema educativo e na administração pública, criou-se espaço para que entre as velhas fronteiras se espraiasse a irmandade e a cooperação. O autor recorda que no século passado havia uma tendência para uma aliança ou fusão entre Portugal e Galiza como expressão de uma nacionalidade atlântica, de base linguística e espírito saudosista, por oposição à nacionalidade castelhana central e à nacionalidade mediterrânica oriental (catalã). “Apesar destas tentativas, nem o lusitanismo galego conseguiu avançar para um projeto político de reintegração com Portugal, nem tomou forma um irredentismo português sobre a Galiza, semelhante ao que foi tão comum na Europa de entre guerras”. E dá-nos conta do fortalecimento gradual para a desfronteirização. Há um longo caminho a percorrer, mas os primeiros passos já foram dados e a nossa fala é um verdadeiro cimento de confiança, não falta a atração mútua por berço pátrio.

Um belíssimo ensaio.



                                                                                                       Mário Beja Santos