De
há uns anos para cá, sou sócio e cofundador de um grupo de Whatsapp chamado
«Plantas Tristes». E o que são plantas tristes? – perguntais bem. Difícil
explicar, é preciso sentir o conceito. Talvez por exemplos: plantas que jazem
sozinhas nas entradas dos prédios, em terra árida e pouco regada, amiúde urinada,
e resmas de beatas. Ou plantas solitárias entorpecidas em escritórios, que
nascem e morrem sem conhecer outras plantas e, por isso, são incapazes,
coitadinhas, de alegrar um ambiente de trabalho.
Plantas
Tristes, em síntese apertada, é uma espécie de escravatura botânica, não sendo
necessário, creio, acrescentar mais nada. Ora, tudo isso é triste, muito triste,
como decerto compreendereis, corações bondosos.
Com
o passar dos tempos, e muita planta triste levantada e fotografada por esse
país fora (e no estrangeiro), é tempo de agradecer aos que comigo partilham
esta aventura ervanária. No grupo há uns que são amigos dos outros, há os que
nunca se viram na vida (o que, tantas vezes, é a melhor forma de fazer
florescer e aclimatar uma grande amizade), houve em tempos um casal herético, o
Rui e a Rita, que não puderam acompanhar o ritmo silvestre por dificuldades
técnicas dos seus mobile phones
(desde então, o Plantas, em assembleia-geral, vedou o acesso a casais ou, como
dizem os gays e os psis, a «pares relacionais».) Do grupo fazem parte o João Gama,
o João Pedro George, a Tânia Cunha, a Graça Martins, a Joana Albernaz Delgado e
agora, em nova aquisição da época 2019, o Manuel Araújo, que vem ao caso de ser
meu irmão e conheço desde nascença, para minha felicidade. E, também pela minha
e para minha felicidade, agradeço e desejo um Bom Ano aos colegas do Plantas.
Obrigado, amigos.
Na
época 2020, o Plantas Tristes vai operar um rebranding
do seu foco, digamos assim, e alargar o modelo de negócio, passando a
ocupar-se também de outra relevante temática: Cabeleireiros em Primeiros Andares
de Prédios de Habitação. Desta feita, tentaremos proceder, em território
nacional (Continente e Ilhas), ao levantamento sistemático dos cabeleireiros
situados em primeiros, segundos ou terceiros andares de edifícios, com reclame
luminoso na varanda (opcional) e necessidade de acesso por escadas ou em modo elevador.
Acreditamos que o tema Cabeleireiros em Primeiros Andares de Prédios de
Habitação, além de financiamento comunitário e observatório de boas práticas, deveria
merecer maior atenção por parte de decisores políticos e da chamada «opinião
pública de um modo geral». Neste sentido, agradecemos a todos os que tenham o
favor de nos comunicar, de preferência com foto tipo passe e factura
simplificada, a localização de Cabeleireiros em Primeiros Andares de Prédios de
Habitação. Admitem-se cabeleireiros situados noutros andares, até ao 6º piso,
e, bem assim, cabeleireiros em prédios comerciais e/ou de escritórios, ainda
que a primeira preferência vá, como atrás referido, para Cabeleireiros em
Primeiros Andares de Prédios de Habitação. Muito obrigado pela V. colaboração. Bom
Ano.
Rectificação
Importante – um colaborador do Plantas Tristes, que pediu para não ser
identificado, esclareceu que também são admitidos a concurso cabeleiros
situados no rés-do-chão, desde que sem entrada directa para a rua.