Verona, Junho de 2019
Fotografia de António Araújo
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domingo, 30 de junho de 2019
sábado, 29 de junho de 2019
O horror, o horror.
Li há pouco o extraordinário Veneza, de Jan Morris, mas há outros em português sobre a Sereníssima. Marca d'água, de Brodsky, enquanto esperamos que um editor mais corajoso nos dê os livros de Roger Crowley, Paul Morand ou John Ruskin, todos sobre a portentosa cidade, o prodígio dos prodígios. Até lá, imagens de horror flutuante. O horror, o conradiano horror. Como será possível?, perguntamos. Mas é, como vemos, mesmo que não queiramos ver. Monstros à solta no Grande Canal.
sexta-feira, 28 de junho de 2019
Ridículo.
Cada
vez mais celebrizado pela séries de narcotraficantes e pela criminalidade sem precedentes, o México arrisca-se a
roubar à Coreia do Norte o título de país mais ridículo do mundo. Primeiro foi
o presidente Obrador a exigir ao rei de Espanha um pedido de desculpas pelaconquista do país, um pedido, claro, formulado… em castelhano. Agora foi a
responsável pela Cultura, Alejandra Frausto, a escrever uma carta à estilista CarolinaHerrera. Porquê? Porque esta se terá inspirado em desenhos de povos locais na
sua nova colecção de moda. Vemos os vestidos e ficamos atónitos: agora um país
tem copyright sobre «motivos» ou «cores» ou «padrões»? E recriá-los não é antes
uma forma de os homenagear? A ministra Frausto chega a perguntar se as
comunidades indígenas irão receber algum $$$ por os seus motivos, cores e
padrões serem recriados por uma estilista… a senhora Frausto não percebe que se
cobre de ridículo e que, se a moda pegasse, não se poderia desenhar nada, criar
nada, fazer nada de nada? Haja paciência. Não é a primeira: já em 2017 a Chanel teve de se desculpar (!) pela criação de um boomerang…
quinta-feira, 27 de junho de 2019
Salvator Mundi.
O iate Serene, do príncipe saudita Mohamed bin Salman
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Quando
se comemoram 500 anos do nascimento de Da Vinci, é estranho pensar que Salvator Mundi, um quadro que lhe é
atribuído e foi vendido por uns 450 milhões de dólares, pode repousar hoje no iate
privado do príncipe saudita Mohamed Bin Salmán, homem forte de um dos regimes
mais tirânicos do planeta. Num iate privado… como sucede a tantas obras de
arte, a andar pelo oceano fora, em riscos graves, como se descreve aqui, a
propósito de Cabeza de mujer, de
Picasso. O mundo é um lugar estranho.
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