A
jovem e novel poetisa luso-tropicalista Matilde Campilho «empresta sua voz a
Alexandre O’Neill». Apavorado por este comodato vocal, o autor de Um Adeus Português, reencarnando num
gato, queixa-se através de um miado lancinante aos 0:51 e, de novo, aos 2:23.
AHAHAHAHAHHAAHHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAAHHHH!
ResponderEliminarQue maldade AA! Ela é uma gracinha, e o gato O'Neill estava até se enroscando nela, contente, sem dúvida, com o que via e ouvia.
ResponderEliminarAvisado por vós, vi sem som.
ResponderEliminarGostei.
Labora num qualquer equívoco, parece-me. Os betos não gostam de poesia e muito menos da de O’Neill…
ResponderEliminarUma adolescente a dizer poesia e nada mal o faz…
Saudações.
Adolescente nascida em 1982? Que feliz que fiquei agora, que a chegar aos trinta preciso de carinhos desses.
EliminarO rediculo.
ResponderEliminarNada contra.
ResponderEliminarCamtil?
ResponderEliminarAté corei.
ResponderEliminarConvenhamos que existe um certo exagero no miado lancinante.
ResponderEliminarA Matilde é aristocrata e boa poetisa, segundo diz quem sabe. Deixe-a em paz.
ResponderEliminarJá vi pior e a pagar! Não foi ao meu bolso pois não? Então siga a marinha e continue a declamar as poesias que quiser Matilde.
ResponderEliminararistocrata?! há quem use essa palavra sem se rir, só a sorrir? nem aristo, nem crata, apenas totó, uma queque totó é vulgar, muito vulgar. Se calhar queria dizer fidalga, mas sabe que isso não é verdade, fidalgas há poucas, pouquíssimas, e nunca naqueles ademanes.
ResponderEliminarHá um sentimento de «provincianismo» em Portugal que me incomoda profundamente. A velha história, se vier de fora é bom... Alguma vez se deu alguma cobertura mediática a (novos) poetas, como por exemplo à Catarina Nunes de Almeida? Há uma nova geração em construção, com poesia que vale a pena conhecer, mas que parece não suscitar qualquer interesse aos meios de comunicação. Não digo que a Matilde Campilho não faça parte dessa geração, os poucos versos que lhe li, não chegam para ultrapassar a sensação de blasé em demasia. O que me custa é ver a poesia, amor maior, cair neste ridículo de espectáculo. Vende-se a imagem do poeta, para se vender o livro de seguida. Quer-se uma imagem jovem, bonita, fresca, acessível, coisa assim para se poder ler por qualquer um. Poesia Pop. E vêm-me à memoria as palavras de Llosa:
ResponderEliminarOtro factor, no menos importante, para la forja de esta realidad ha sido la democratización de la cultura. Se trata de un fenómeno que nació de una voluntad altruista: la cultura no podía seguir siendo el patrimonio de una elite, una sociedad liberal y democrática tenía la obligación moral de poner la cultura al alcance de todos, mediante la educación, pero también la promoción y subvención de las artes, las letras y demás manifestaciones culturales. Esta loable filosofía ha tenido el indeseado efecto de trivializar y adocenar la vida cultural, donde cierto facilismo formal y la superficialidad del contenido de los productos culturales se justificaban en razón del propósito cívico de llegar al mayor número. La cantidad a expensas de la calidad. Este criterio, proclive a las peores demagogias en el dominio político, en el cultural ha causado reverberaciones imprevistas, como la desaparición de la alta cultura, obligatoriamente minoritaria por la complejidad y a veces hermetismo de sus claves y códigos, y la masificación de la idea misma de cultura. Ésta ha pasado ahora a tener exclusivamente la acepción que ella adopta en el discurso antropológico. Es decir, la cultura son todas las manifestaciones de la vida de una comunidad: su lengua, sus creencias, sus usos y costumbres, su indumentaria, sus técnicas y, en suma, todo lo que en ella se practica, evita, respeta y abomina. Cuando la idea de la cultura torna a ser una amalgama semejante es inevitable que ella pueda llegar a ser entendida, apenas, como una manera agradable de pasar el tiempo.