terça-feira, 2 de maio de 2017

Francisco no Egipto.

 
 
 
 



Foram dois dias extraordinários e cheios de muita alegria, amor, paz e bênção para todo o Egipto, para todos os Egípcios todos (muçulmanos, cristãos), para a região, o mundo árabe, o mundo islâmico e o mundo em geral. O Presidente foi com o Papa até ao aeroporto para se despedir dele e agradecer a sua generosidade para com o Egipto.
Por aí em Portugal posso perceber que não se nota bem a importância extrema desta visita. Era mesmo necessária uma visita assim neste tempo de ódio, guerras, xenofobia, radicalismo e terrorismo. O mundo está cada vez mais perigoso mas, como temos pessoas extraordinárias como o nosso Papa, eu próprio tenho grande esperança de que ainda é possível ter paz e amor no meio de tantas guerras e de tanto ódio.
 
Na Missa de hoje, o Papa falou que tem haver radicalismo só no AMOR e acho mesmo que a pessoa mais radical no amor do mundo é o Papa. Esta visita ajudou imenso a aproximar e a unir as pessoas do mundo inteiro, independentemente da religião de cada um. Unir as pessoas para os valores comuns da humanidade: paz, amor, respeito mútuo. Assim, será possível reduzir o radicalismo de jovens e pessoas mais velhas.
 
O Papa fez um discurso não só para o Egipto e para os Egípcios mas também para todo o mundo árabe e para o mundo islâmico. Ao ver o abraço apertado entre o Shehk de Al Azhar, a instituição mais poderosa do Islão no mundo, e o Papa Francisco, vemos o abraço entre dois mundos distantes, o abraço entre duas culturas grandes e diferentes mas próximas nos seus valores comuns.
 
 
Foi no Egipto que nasceu a Irmandade Islâmica, o primeiro movimento islâmico radical no mundo e que foi mãe de grupos como a Al Quaeda. E foi no Egipto que a Irmandade Islâmica foi derrotada. Assim, o Papa veio ao Egipto para que seja a partir daqui que se espalhe a paz em toda esta.
 
 
Disse antes e digo aqui outra vez: o Papa Francisco vai mesmo ganhar o Nobel da Paz e, se há mais prémio mais prestigiado do que o Nobel de Paz, ele merece-o.
Depois da visita do Papa, acho que a teoria do «choque de civilizações» já não existe.
 
                                                                                        Cairo, Maio de 2017
                                                                                                      Samir Hany

 

2 comentários: