terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Condor, no Rio.

 
 






















 
 
 
Há dias, a presidente Dilma Rousseff, entre lágrimas, divulgou o relatório final da Comissão Nacional da Verdade. Criada em 2011, a Comissão concluiu agora o seu trabalho. Duas estatísticas bastam: o relatório identificou 377 responsáveis por crimes contra a humanidade e concluiu que 434 pessoas morreram ou desapareceram durante a ditadura militar brasileira, entre 1964 e 1986. Um outro número: quase 200 cadáveres estão por recuperar. Já falei várias vezes de Condor, um projecto fotográfico de João Pina. O autor até já foi entrevistado aqui no Malomil. Merece tudo, muito mais do que isso. Porquê? Porque Condor é, tão-só e apenas, o melhor livro publicado em Portugal em 2014. O projecto de resgatar a memória das vítimas da sinistra Operação Condor levou agora o João Pina ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, numa exposição grandiosa. Espera-se que haja o bom senso de a trazer até cá, rapidamente – e com o destaque que merece. Pode parecer provinciano ou nacionalista, mas é um orgulho grande, que bate cá bem fundo, ver um fotógrafo português, ademais nosso amigo, no lugar olímpico que é seu por inteira justiça: entre os melhores do mundo. João, um grande abraço, obrigado pelas fotos (estas e as outras) e Bom Natal para ti, do
 
António Araújo



2 comentários:

  1. Concordo em relação ao J Pina.
    Tenho dúvidas em relação ao numero de mortos durante o período da ditadura 434 durante 22 anos??!!Acho infelizmente muito pouco mas faço fé.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também me pareceu pouco, mas foi o que li nos jornais. Muito provavelmente, são os mortos comprovados, não tenho a certeza...
      Um abraço para si, Bom Natal,
      António Araújo

      Eliminar