Uma
coisa que não percebo ou, se percebo, percebo que é pelas mais vis e venais
razões. O El País aceita ter no seu interior um extenso caderno de várias páginas
chamado China Watch que é um descarado panfleto de propaganda ao regime de
Pequim. Notícias sobre notícias do império maravilhoso, nem uma palavra sobre
direitos humanos, minorias étnicas, Prémio Sakharov, protestos nas ruas. É esta
a matriz ética do El País? E, já agora, de muitos jornais portugueses que se
prestam ao mesmo serviço? E de sociedades de advogados lisboetas, como a Morais
Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, que são membros honorários de uma coisa chamada Associação de Amigos da Faixa e Rota?
Por uma vez: a China é uma ditadura.
Não tem liberdade de expressão, direitos humanos, outras garantias básicas e,
portanto, outra vez: a China é uma ditadura. O El País, que eu saiba, não foi
um projecto jornalístico criado para apoiar ditaduras ou ser subsidiado por
elas. Na China, o El País não existiria – esse é o ponto. E se falassem aos
jornalistas do El País ou aos advogados da Morais Leitão que estavam a apoiar
Hitler ou Goebbels, ai jesus. Hoje não há Hitler nem Goebbels, ainda que haja
candidatos a isso. Hoje, a maior ameaça à democracia e aos direitos humanos à
escala mundial é a China. Mas, claro, é melhor olhar para o lado na hora de
fazer dinheiro, que a vida custa a todos. DESPREZÍVEL.
Muito bem!
ResponderEliminarViva, Ana! Às vezes, penso que só V. me compreende…
ResponderEliminarCom amizade,
Calimero
Ameaça a tudo. Incluindo ao ambiente, aos tubarões, cavalos marinhos e rinocerontes. Mas não ouvirá um ecologista dizer isso.
ResponderEliminarNem o Tonecas!