Diamantino Tojal (1901-1980)
Desde o
século XV, era já a mais importante procissão lisboeta.
Com D. João
V, ganhou aparato e extravagância.
E, em 1944,
alimentando um sonho vindo de 1939, o empresário Diamantino Tojal reconstitui a versão
joanina da Procissão do Corpus Christi.
Este cortejo
de religiosos de barro, que parecem soldadinhos de chumbo, foi exibido pela
primeira vez no Palácio Galveias. Há muitos, muitos anos. Depois, em 2016, esteve à mostra, por breves dias, nos Paços do Concelho. 1587 miniaturas, em barro não cozido.
Agora, está
à vista desarmada e gratuita na Igreja da Graça.
Dizer
que é uma coisa incrível, não basta. Tem de se ver aquele cortejo imenso,
dividido por confrarias e irmandades, umas com brancos, outras com negros, umas
masculinas, outras femininas. E o Cardeal Patriarca, evidentemente. Cavalos e
outras coisas, uma maravilha em miniatura. Há quem prefira pagar para ver
réplicas de guerreiros chineses em terracota. Nada mal, cada um faz o que quer.
Mas, quem esteja atento, tem de ir aqui, na Graça da Guidinha, a Guidinha de
Sttau Monteiro, dos claustros ora recuperados, do Talho Luís & Edgar, da
Havaneza da Graça e do senhor da fruta, que é bom mas careiro. A sério, falta
pouco para fechar, Não Perca. Perdões pela má qualidade das fotografias,
esperemos e rezemos ao Corpo de Cristo para que saia um livro. É urgente. São 1587 miniaturas, em barro não cozido. Basta dizer mais alguma coisinha?
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