Creio que a seguinte obra que em tempos vendi se enquadra nesta série de livros marotos...Passo a descrever: Gallis, Alfredo (Rabelais) – Volupias 14 contos Galantes. São Paulo. 1886. 270 págs. 17cm. E. Obra erótica escrita pelo jornalista e romancista Alfredo Gallis sob o pseudónimo de Rabelais, estes 14 contos galantes escandalizaram a sociedade portuguesa e brasileira de finais do século XIX. Apesar do local e data de impressão do livro serem provavelmente falsos, estas “Volupias” cedo circularam no Brasil onde, na época, residia o célebre Padre Senna de Freitas, conhecido polemista e um dos mais conceituados intelectuais portugueses de então. Sobre esta obra e dirigindo-se ao Ministro da Justiça escreveu Senna de Freitas no “Correio Paulistano” de 17 de Março de 1888: “Veneno Literário – Algumas das mercadorias literárias que os prelos portugueses estão exportando para o Brasil são simplesmente detestáveis e, direi até, inomináveis de torpeza (...). Ainda há pouco apareceram as Volupias pelo pseudónimo Rabelais, uma pornografia em 200 páginas, pela enorme quantia de 3$000.” Sobre as suas “Volúpias” diz-nos o próprio autor no proémio: “Concordamos em que o Flos Sanctorum e as Decadas de Barros são muito mais instrutivas e aproveitáveis, mas decerto também mais aborrecidas. (...) Os nossos contos exorcismam as estantes altas das severas bibliotecas de pau santo do bibliófilo grave porque preferem o contador de pau rosa do solteirão galhofeiro (...) O leitor antes de abrir a primeira página deve seguir as seguintes indicações: (...) Acender um charuto de puro tabaco havano e beber um cálix de curaçao. Estar só em casa. Conservar o chambre largo para o que der e vier”.
Creio que a seguinte obra que em tempos vendi se enquadra nesta série de livros marotos...Passo a descrever: Gallis, Alfredo (Rabelais) – Volupias 14 contos Galantes. São Paulo. 1886. 270 págs. 17cm. E.
ResponderEliminarObra erótica escrita pelo jornalista e romancista Alfredo Gallis sob o pseudónimo de Rabelais, estes 14 contos galantes escandalizaram a sociedade portuguesa e brasileira de finais do século XIX. Apesar do local e data de impressão do livro serem provavelmente falsos, estas “Volupias” cedo circularam no Brasil onde, na época, residia o célebre Padre Senna de Freitas, conhecido polemista e um dos mais conceituados intelectuais portugueses de então. Sobre esta obra e dirigindo-se ao Ministro da Justiça escreveu Senna de Freitas no “Correio Paulistano” de 17 de Março de 1888: “Veneno Literário – Algumas das mercadorias literárias que os prelos portugueses estão exportando para o Brasil são simplesmente detestáveis e, direi até, inomináveis de torpeza (...). Ainda há pouco apareceram as Volupias pelo pseudónimo Rabelais, uma pornografia em 200 páginas, pela enorme quantia de 3$000.”
Sobre as suas “Volúpias” diz-nos o próprio autor no proémio: “Concordamos em que o Flos Sanctorum e as Decadas de Barros são muito mais instrutivas e aproveitáveis, mas decerto também mais aborrecidas. (...) Os nossos contos exorcismam as estantes altas das severas bibliotecas de pau santo do bibliófilo grave porque preferem o contador de pau rosa do solteirão galhofeiro (...) O leitor antes de abrir a primeira página deve seguir as seguintes indicações: (...) Acender um charuto de puro tabaco havano e beber um cálix de curaçao. Estar só em casa. Conservar o chambre largo para o que der e vier”.