A obra:
M. Salvador
(s.d.). A Mulher Demónio ou A Fidalga Cigana. Lisboa, Casa Editora
Nunes de Carvalho. 4 vols.
"É um
pequeno romance que consta de 4 volumes. $70 cada fascículo. Fora de Lisboa
$80." [$=centavos]
"Grande
sucesso. O mais extraordinário romance de amor."
Do I Vol.,
p.65:
"De
repente na sua frente surgiu um homem.
Era uma
farda, era um tenente!
- Oh Toni!
exclamou Georgina.
O mancebo
tomou-a por a cintura e estreitou-a a si.
- Sim,
murmurou, o Toni, que te adora. Georgina e que te não deixará jamais!
- Oh
balbuciava a jovem. Toni, meu Toni!
[...]
- Oh, meu
amor, meu anjo, tudo eu farei por ti!
Renegaria o
próprio culto, se fosse necessário! Georgina, diz, que queres que o Toni faça?
manda, ordena! Ele cumprirá todos os teus desejos e caprichos! Oh! diz-me que
mate e eu matarei, diz-me que perdoe e eu perdoarei!
- Oh Toni,
obrigado, murmurou a jovem, tu ensinaste-me a amar, e o que eu sinto é decerto
muito amor por ti!
Os seus
olhos brilhavam, o sangue desvairado corria.
O tenente
sentiu uma vertigem; era homem...
Lembrou-se
porém a tempo do seu casto e puro amor."
Mancebo e tenente já é obra. E quando um homem sente vertigens, até se sente brigadeiro! Uma coisa não percebi. O Toni renegava que culto? E quando um homem surge assim de repente na frente, não será antes um génio da lâmpada?
ResponderEliminarAi Toni, Toni, fica quieto, moço!