terça-feira, 17 de novembro de 2020

coisas que talvez sejam importantes





 


          Há três dias, 15 países da Ásia e da Oceânia firmaram o maior acordo comercial do mundo. As negociações remontam a 2012 e o acordo irá abranger, read my lips, 2.100 milhões de consumidores. O  equivalente a, read my lips, 30% do PIB mundial.

          OS EUA estão de fora, em mais um desastre de Trump, mas esta associação compreende: a China, a Índia, o Japão, a Austrália, a Nova Zelândia, a Indonésia, a Tailândia, Singapura, a Malásia, as Filipinas, o Vietname, o Camboja, Laos, o Brunei…

          Vão ser eliminadas as barreiras alfandegárias em 90% dos produtos comerciados nessa zona gigantesca.

          Perante isto, o que diz a União Europeia?

          Que dizem os EUA a esta alternativa ao defunto TPP, de Barack Obama?  

      O facto foi noticiado muito en passant nos nossos jornais – Público, Diário de Notícias, Observador, etc.

        Sobre isto, que dizem os comentadores nacionais? Que pensamento têm produzido, que ideias nos têm trazido?

          Abrem-se os jornais, há muito artigo e muita opinião sobre os «liberais» e os  defensores do Chega, pouca ou nenhuma coisa sobre como será o mundo nascido dos escombros da Covid e como poderão a Europa, os EUA e o Ocidente lidar com a hegemonia da China, que a pandemia, Donald Trump e tudo o mais vieram adensar brutalmente. Notícia de há um mês, na Timehttps://time.com/5901227/china-gdp-growth-covid-19/

          Sobre isso, que ideias, que opiniões, que simples informações lemos nos nossos jornais?

          Pois.

Depois, admirem-se – e chorem muito a «crise da imprensa».

 










8 comentários:

  1. Ao contrário do que no texto se dá (erradamente) a entender, a Índia não assinou e não integra este acordo. Aliás, ela retirou-se das respectivas negociações há um ano...

    https://www.cnbc.com/2019/11/05/india-says-no-to-joining-the-rcep-pact-involving-major-asian-economies.html

    ... O que em última análise não surpreende, visto que Índia e China são rivais, até inimigas - afinal, trata-se da maior democracia do Mundo contra a maior ditadura do Mundo. E os recentes confrontos fronteiriços entre ambas apenas vieram salientar essa situação.

    Não - nunca - se deve designar como «desastre» a tentativa de enfrentar e contrariar os desígnios de dominação mundial por parte dos totalitários comunistas chineses. Pelo que, obviamente, longe de «adensar», Donald Trump diluíu a suposta «hegemonia« da China.

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    Respostas

    1. Do El País:

      1 - La India, que había decidido retirarse el año pasado de las negociaciones debido a la preocupación de que bienes baratos chinos pudieran inundar su mercado, tendrá la posibilidad de incorporarse en el futuro si lo desea.

      2 - La salida estadounidense asestó un golpe casi mortal al TPP y dio alas a los argumentos de quienes aseguraban que la primera potencia mundial no tiene interés en implicarse realmente en la región. La decisión de Trump reavivó las negociaciones sobre el RCEP, que habían languidecido durante años tras su lanzamiento en Camboya. El interés de los Gobiernos regionales por encontrar vías de estímulo a sus economías, perjudicadas primero por la guerra comercial y tecnológica entre Estados Unidos y China y por la pandemia después, terminó de hacer el resto.

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  2. Bom, todos de acordo quanto a estas questões de "mercearia" - mas não esquecer que tudo isso assenta num "Celeste Império" de mais de um milhar de milhões de indivíduos...dotados de armamento nuclear.
    E, para não passar despercebido a incautos, logo à beirinha existe uma pequena porção de território designada por Coreia do Norte - peça fundamental da política exterior de Pequim , o cão de guarda por oposição aos "caniches" Macau e Hong Kong.
    Aquele "hiato" de 150 anos do Império Britânica, lição aprendida e bem aprendida, já foi colmatado - e suspeita-se que definitivamente.
    Não há dúvida : o Sol levanta-se a Oriente - e não se vislumra o seu ocaso.

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  3. Bom, todos de acordo quanto a estas questões de "mercearia" - mas não esquecer que tudo isso assenta num "Celeste Império" de mais de um milhar de milhões de indivíduos...dotados de armamento nuclear.
    E, para não passar despercebido a incautos, logo à beirinha existe uma pequena porção de território designada por Coreia do Norte - peça fundamental da política exterior de Pequim , o cão de guarda por oposição aos "caniches" Macau e Hong Kong.
    Aquele "hiato" de 150 anos do Império Britânica, lição aprendida e bem aprendida, já foi colmatado - e suspeita-se que definitivamente.
    Não há dúvida : o Sol levanta-se a Oriente - e não se vislumra o seu ocaso.

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  4. Mil e cem milhões de comunistas vermelhos,o actual Império do Meio, ah, ah,ah... chama-lhes nomes, agarra-te à teoria e não vejas quem domina o comércio no teu bairro !
    Os jogos estão feitos,quem aguentar a pedalada chegará no pelotão! Os demais tristes vão rogar pragas, rasgar as vestes, maldizer a Sorte...
    A Sabedoria,como a Glória,vem do Oriente, já o dizia Alexandre Magno e ... Napoleão !
    Fica muito mal abrir a boca de espanto com estas coisas sabidas...

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  5. Corrigindo um erro: Napoleão e Alexandre ... da Macedónia !!!

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  6. Normal... durante 1800 dos ultimos 2000 anos as maiores economias do mundo foram a China e a India. Só com muito ópio e instigando guerras várias é que as potências colonialistas "industriais" conseguiram afundar toda essa gente em 200 anos de fome e miséria e sugar dali belos lucros. Agora voltam a ocupar o seu lugar no planeta, a India aos poucos, a China a uma velocidade que qualquer outro povo tem até dificuldade em entender. Por estes dias começaram a lançar satélites 6G, indiferentes a mais uma campanha dos donos do mundo que obrigou todo o planeta ocidental a saltar fora do comboio 5G Chinês. Há 30 anos poucos telefones havia sequer. Imaginem só a cabeça das duas gerações que cresceram com revoluçoes tecnológicas de 2 em 2 anos, desenvolvimentos de 200 anos conseguidos a cada 10...
    Mas a melhor piada de todas é a satisfação que parecem sentir alguns invejosos em chamar de "comunista" o país onde há hoje em dia mais ofertas publicas de ações na bolsa e onde mais gente enriquece todos os dias com o fruto do seu trabalho ou imaginaçao. Ou os que falam muito contra desigualdades no ocidente estranharem que a riqueza volte a ser maior onde está 60% da população mundial.

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