Um pequeno requiem.
Talvez
a mais carinhosa das missas fúnebres, esta. Gabriel Fauré chamou-lhe “um
pequeno Requiem”. Pequeno – imagino –
porque deixou de fora da que compôs o Dies
Irae, uma das partes típicas de um requiem, e a grandiosidade terrível do
medo que a acompanha. E teimou, ainda ao arrepio das convenções e contra as
autoridades eclesiásticas da época, em incluir vozes femininas.
Não
é de estranhar que lhe tenham chamado uma canção de embalar, mesmo que em torno
da morte: na procura do que há de terno na humanidade, o que esta música inspira
é conforto e consolo. Foi essa a forma, disse Fauré, que terá tomado em si
próprio o que mais se aproximou de uma emoção religiosa.
Requiem,
Op. 48: V. Agnus Dei (versão original de 1893). De G. Fauré, pelo Ensemble
Aedes e a orquestra Les Siècles, dirigida por Mathieu Romano.
Manuela Ivone Cunha
Lindo. Entre tantas versões magnificas, aproveito para lembrar a de Michel Corboz, para o caso de não a conhecerem. A que prefiro.
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=E5KJjUBYGxM
Boas