Poucos saberão que um país interior como
a Bósnia-Herzegovina dispõe de um corredor de cerca de 20 km de largura de
acesso ao mar. Circunstância tranquila em ambiente de paz, mas certamente
perigosa em épocas de confrontação.
O corredor de Neum foi, segundo alguns,
uma habilidade da República de Ragusa que assim oferecia uma compensação aos
otomanos por não ocuparem o seu território e ao mesmo tempo instituía um tampão
entre ela e a sua grande rival, a República de Veneza.
A realidade dos factos é que quem vem de Mostar para Dubrovnik faz um percurso cheio de obstáculos fronteiriços. A estrada entra primeiro em território croata, prossegue para a fronteira do enclave bósnio para finalmente sair do enclave de novo para terra croata. Três fronteiras!
Mas já há solução.
A Ponte Peljesac permite, a partir de 26
de Julho deste ano, contornar o corredor de Neum. Com financiamento europeu e
construída por uma empresa chinesa revela bem uma competição de influências bem
característica da História balcânica.
Vê-se ao fundo:
É aliás visível o
investimento em infraestruturas com apoio da União Europeia ou da China.
Por exemplo, na
Bósnia-Herzegovina e na Croácia:
A iniciativa chinesa
denominada as novas rotas da seda contempla não só auto-estradas na
Macedónia do Norte, mas também um corredor ferroviário de Budapeste ao porto do
Pireu (nas mão s de empresas chinesas). Este corredor passará pela Sérvia e
pela Macedónia do Norte.
Fotografias de13 e 14 de
Agosto de 2022
José Liberato
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