domingo, 16 de setembro de 2012

Martin John Callanan, aliás Martin John Callanan.


 
 
 

No Margens d’Erro, o meu grande amigo Pedro Magalhães já falou de Martin John Callanan e dos seus projectos artísticos. Num deles, Letters 2004-2006, Callanan enviou cartas a vários chefes de Estado com os dizeres respeitosos «I respect your authority». Recebeu resposta de vários presidentes, entre os quais o de Portugal. Outras cartas, de teor diferente, foram enviadas a líderes religiosos de todo o mundo.



 
 
 
Cópia da carta ao Presidente do Afeganistão

Afeganistão


Egipto


Brasil

França

Lituânia

Portugal
 
 
 


No âmbito de Deed Poll, seguindo todos os trâmites legais e burocráticos, Martin John Callanan mudou oficialmente o seu nome de Martin John Callanan para Martin John Callanan (descubra as diferenças).
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A subversão feita arte? Fica a pergunta. Esse é, talvez, o talento maior de Callanan: não «explica» o sentido dos seus projectos. O silêncio adensa a ironia do seu trabalho e permite as mais variadas leituras, incluindo a de que tudo isto, bem vistas as coisas, não é «arte». O que Callanan pretende é, porventura, levar as instituições a produzirem «outputs» de acordo com os seus próprios códigos de funcionamento. «Respostas» que aparentemente são absurdas ou até risíveis pelo seu automatismo. É uma leitura possível, que o Pedro suscitou como hipótese quando conversámos sobre Callanan, que conheci através dele. Mas outras leituras haverá. Arte ou não arte, Callanan está em exibição em Londres, na Whitechapel Gallery. Para conhecer outros projectos seus, prodígios de inventividade e finíssimo humor, nada como consultar a página oficial do artista.
 
 
 António Araújo
 
 
 

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