domingo, 1 de novembro de 2020

Bons ventos.

 



A partir de hoje, a Biblioteca Nacional de Espanha disponibiliza, online e gratuitamente, mais de 30 milhões de imagens dos seus fundos. Aqui. Palavras para quê? Ah, palavras apenas para perguntar: e a Biblioteca Nacional de Portugal, que tal? Pois.

 

 




4 comentários:

  1. Em proporção, deveriam ser uns 6 milhões, pelo menos...
    JF

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  2. A BNP, apesar de tudo, vai fazendo um esforço. Não sei quantificar mas o site purl.pt lá vai tendo umas coisas... as escolhas é que não são óbvias.

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    1. Boa tarde, a política de seleção de materiais a digitalizar não assenta num único critério, podendo ser consultados os principais eixos de digitalização aqui: https://purl.pt/resources/PoliticaDigitalizacaoBND.pdf
      A par dos critérios resumidos no documento acima indicado, publicamos obras digitalizadas em resposta aos pedidos satisfeitos pelo Serviço de Reproduções, o que pode explicar a digitalização de alguns documentos fora dos eixos definidos.

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  3. É muito português dizer mal do que é português… "fact checking":

    1 - O que a BNE anunciou não foram novos 30.000.000 imagens disponíveis na Web, mas sim que deixou de se pagar à BNE o uso de 30.000.000 de imagens de material em domínio público :
    “La supresión de pago por el uso comercial de las imágenes digitales en dominio público, que el Real Patronato de la Biblioteca Nacional aprobó el pasado abril, se hará efectiva el primer día de noviembre, finalizados los procesos técnicos y las actualizaciones de la web destinadas a la solicitud de documentos.” São 30.000.000 de imagens “que se convierten en recursos gratuitos para ser utilizados por las industrias creativas y culturales, por las editoriales, los investigadores, los centros educativos, pero también por el público general para cualquier uso, incluido el comercial.” (http://www.bne.es/es/AreaPrensa/noticias2020/1027-bne-libera-mas-de-30-millones-de-imagenes-para-todo-uso.html)
    Comparação com a BNP – A BNP nunca cobrou pela reutilização de materiais digitalizados de domínio público, para qualquer finalidade; “privatizar o domínio público”, para além de não fazer sentido, nem ser ético sobretudo da parte de entidades públicas, é há vários anos ilegal à luz da legislação europeia, de implementação obrigatória nos países da UE.

    2 - 30.000.000 de imagens digitais é um acervo muito significativo. Ainda bem. MAS é o resultado de investimento na digitalização em massa através de um financiamento sustentado desde 2008 pela empresa Telefónica (começou com um acordo de 10 milhões de euros em 2008, https://elpais.com/cultura/2014/07/22/actualidad/1406031195_386058.html ) e pela RED.ES, entidade pública empresarial do Ministerio de Industria, Comercio y Turismo.
    Comparação com a BNP – Em Portugal não há nem nunca houve oportunidades de financiamento de digitalização da cultura da mesma natureza e ordem…
    Os conteúdos da nossa Biblioteca Nacional Digital ascendem a cerca de 4 milhões de imagens, ou seja menos de 20% dos disponibilizados pela BNE. Mas o que está feito na nossa Biblioteca Nacional Digital é em 98% executado com recursos próprios que não se comparam com os da dimensão da BN de Espanha. Por exemplo, na atualidade, os recursos da BNP são apenas 20% dos da BNE, em termos financeiros, e 44% em matéria de recursos humanos (como está documentado nos respetivos Relatórios disponíveis na internet - ano de 2019):
    Orçamento da BNE: 31.359.200,00€
    Orçamento da BNP: 6.345.017,00€
    Recursos humanos BNE: 401
    Recursos humanos BNP: 177

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