Não conheço pessoalmente o advogado dr. Magalhães e Silva
mas tenho todas as razões para supor que é um homem de bem.
Não duvido, por isso, que irá pedir desculpas pelo texto que publicou no Correio da Manhã do
passado domingo.
Nesse texto, intitulado «Outra vez a Luísa?», o dr. Magalhães e Silva
fala da doença que vitimou Luísa Guterres.
Depois, fala da doença oncológica de que padece Laura Passos
Coelho.
A abrir, convém dizê-lo: antes de serem casadas com
primeiros-ministros ou líderes políticos, Luísa e Laura são mulheres, pessoas
com dignidade própria, seres humanos que lutaram e lutam contra uma doença fatal.
A dado passo, escreve o dr. Magalhães e Silva: «Luísa Guterres, cuja doença terminal andou nas bocas de
toda a gente, quero crer que à
revelia da própria e do marido».
Também eu quero crer que o dr. Magalhães e Silva não mediu bem
as suas palavras ao insinuar a ignóbil possibilidade de terem sido os próprios
António Guterres e a sua mulher a propalarem a notícia de que esta padecia de
uma doença terminal.
Para que fins e com que objectivos o teriam feito, é algo que só
o dr. Magalhães e Silva poderá esclarecer.
Depois, sobre a doença de Laura Passos Coelho, escreve o dr. Magalhães e Silva:
Ou seja, o dr. Magalhães e Silva antecipa a morte de um ser humano que luta
pela vida.
Apresenta Pedro Passos Coelho como viúvo, «um coitado», quando a
sua mulher está viva – e a combater um cancro.
Não contente, o dr. Magalhães e Silva ousa dar conselhos a um ser humano sobre
o «respeito» e o modo como este deve tratar a doença oncológica da sua mulher:
Também nós esperamos isso, sem dúvida.
Mas, agora, neste preciso momento, o que esperamos mesmo é um
pedido de desculpas do dr. Magalhães e Silva.
Ou melhor, dois pedidos de desculpas:
− a António Guterres e aos seus filhos, e à memória da sua
mulher;
− a Pedro Passos Coelho, à sua mulher e aos seus filhos.
Já agora, também esperamos um pedido de desculpas aos leitores
do Correio da
Manhã, onde certamente se incluem muitas empregadas de centros comerciais
de todo o país.
Feito isto, continuarei a considerar o dr. Magalhães e Silva uma pessoa de bem,
um homem íntegro que respeita o sofrimento alheio.
Se nada fizer, passarei a encará-lo como aquilo que certamente
não é: um vulgar canalha.
António Araújo
Ordinarice sem limites. Isto chamam uns iluminados "Liberdade de Expressão". Eu chamaria a falta de nível e aordinarice que inunda muitos de certos partidos políticos que pensam como este senhor. A ordinarice deixou de ter limites em Portugal começando pelo ex- PR Mário Soares e acabando neste senhor que deveria mostrar um bocadinho mais de respeito.
ResponderEliminarOrdinarice e baixesa. É o minimo que se pode dizer deste odieoso artigo de opinião.
Parece incrível toda esta ligeireza e todo este mau gosto. Bom que existam respostas lúcidas para terminar com esta inconsciência...
ResponderEliminarPedir desculpa aos leitores do Correio da Manhã? Quantos não o compram só para ver notícias desse teor que são as que os excitam? Os leitores do Correio da manhã gostam é disso.
ResponderEliminarO gajo é uma simpatia - posso atestá-lo pessoalmente - mas é um vaidoso intelectual e sendo socialista, fica cego na estupidez quando respeita a questões politicas (aliás o seu sócio Vera Jardim também é mais ou menos assim, veja-se o caso da justificação do comportamento do Sócrates)
ResponderEliminarEstou completamente de acordo com os comentários de António Araújo. Por isso, subscrevo o seu texto. Fátima Patriarca
ResponderEliminarQuero crer que de uma forma infeliz( o que contradiz a teoria do "intelectual??!!")tenta criticar aqueles que por motivos varios exploram voluntaria ou involuntariamente as desgraças que sem escolher pessoas ou partidos atingem figuras publicas ou proximas.infelizmente (do meu ponto de vista) ás vezes são os proprios e estou a pensar no caso de uma conhecida jornalista que escreveu um livro apos a morte de um filho.Tem todo o direito mas uma coisa é a dor íntima e familiar outra coisa bem diferente é transforma-la em caso nacional.Aliás ficoava sinceramente incomodado quando o Miguel Esteves Cardoso trazia os passos do calvario da esposa pelos hospitais deste país em tratamento oncologico.
ResponderEliminarCanalha talvez seja excessivo.Imbecil-vaidoso talvez.
Canalha, perfeito.
ResponderEliminarAliás, perfeito canalha.
E explicar-lho fìsicamente.
o António Araújo esqueceu de referir o seu amigo que um cancro liberal fulminou liberalmente! RIP António Borges, que ora produz liberalmente tijolo a bem da nação! O cancro do António Araújo vai bem?
ResponderEliminarVou ora ler o texto do Dr Magalhães e Silva que sempre me pareceu uma pessoa avisada, ao contrário do Historiador que parece que se esqueceu de tomar as gotas e desatou a chamar canalha a uma pessoa de bem. Os filhos da puta são mesmo assim, por isso me dou ao trabalho de ler as suas filho-da-putices.
Como dizia um, "não há limites para a estupidez humana". Silva ia atingindo esse limite (liquidando a antiga frase) mas mesmo que o tivesse feito, o senhor encarregava-se de anular o feito.
Eliminarjjoyce, és tão bruto, pá!
EliminarEsqueçam-se as trajectórias eleitorais da vida. Há seres humanos, que fingindo-se de bem, que não passam de canalhas. Outros, como o caso acima, são apenas medíocres.
ResponderEliminarSempre julguei que há certos limites na feitura da política, mas para alguns vejo que não. Repugnante este silva.
ResponderEliminarQue tontice!
ResponderEliminarMas o Magalhães e Silva tem toda razão!
Os leitores é que fizeram uma interpretação extensiva e adulterada das suas palavras.
Malditos politicamente correctos!
Um leitor do blogue, chamou a minha atenção para o texto de António Araújo.. Apesar do "Ou crês, ou morres", é óbvio que não vou pedir desculpa senão a quem é devida. E pelo lapso da redação do CM, já apresentei desculpas a quem, para um texto com a natureza do que escrevi, entendo que era devida - ao PM. Convém é ter presente que o modo como o tema continua, dia-a-dia, a ser tratado evidencia que o caso tem tido um tratamento negligente por quem, seja quem for, estava obrigado a sigilo. Manuel Magalhães e Silva
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EliminarTendo entretanto o Correio da Manhã pedido desculpas aos leitores e retirado a expressão «viúvo» que constava do texto original, passando a usar «marido da doente», e tendo o dr. Magalhães e Silva pedido desculpas a quem entendeu dever fazê-lo, confirmo a impressão que sempre tive acerca deste lamentável episódio. Quero crer que se tratou de um momento infeliz de um homem de bem. Houve, aliás, a dignidade de assumi-lo e de pedir desculpas. E, mais ainda, a simpatia de enviar um comentário para este blogue, gesto que registei com o maior apreço.
António Araújo
O Dr. Magalhães e Silva meteu a pata na poça. Sem desculpa.
ResponderEliminarCuidado tiro ao alvo. A jjoice dispara às cegas, em todas as direcções, sempre que o sagrado nome Magalhaes da Silva é invocado..
ResponderEliminarA parte do "viúvo" já foi alterada. O resto, não. Mas parece-me um princípio...
ResponderEliminarHoje em dia haja pachorra para estas palermices de joyces e similares
ResponderEliminarO problema mental-passional do dr. Magalhães e Silva, revelado na leviandade presuntiva do seu texto, permanece. Não imaginava que as doenças graves das esposas de PM os reelegiam.
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