«Gerhard
Schroeder era casado pela quarta vez e sabia que a minha vida pessoal também
não tinha simples até aí. Perguntou-me quantos filhos tinha, falou-me da sua
família e disse-me, educadamente, que estava cheio de vontade de chegar a casa,
onde, por razões de trabalho e de constantes deslocações, tinha estado pouco
nos dias anteriores. Disse-me que estava ligar cheio de saudades da sua filha
pequenina, uma criança adoptada por ele e pela mulher, nascida em São Petersburgo.
É bom lembrar que São Petersburgo é a terra onde Putin também teve
responsabilidades na autarquia. Obviamente por coincidência e razões diferentes,
mas ambos têm ali laços com São Petersburgo. Lembre-se ainda que Schroeder,
desde que saiu do Governo, tem uma ligação especial à Gazprom, através da
presidência da assembleia geral do consórcio que gere o gasoduto Nord Stream,
detido em 51 por cento por aquela empresa de energia russa. Falámos muito dos
filhos e da importância da exigência ser maior na dedicação de se manter entre
eles um forte espírito de família.»
(Pedro
Santana Lopes, Correio da Manhã/Domingo,
de 31/5/2015)
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