A
emulação socialista desenvolve-se em todos os campos: no trato com as pessoas e
clientes de uma casa, nas montras, etc. Num restaurante encontrámos à entrada
um cartaz onde se liam os seguintes dizeres: «lutamos em nome da nossa República
pelo diploma de restaurante hospitaleiro»; noutro, o ponto de honra era o de
servir rapidamente, sem fazer demorar o cliente, mas sem diminuir a qualidade
do serviço. As diversíssimas lojas e armazéns pugnavam também pela melhor
apresentação das suas instalações, para gosto dos respectivos trabalhadores e
do público em geral. Este objectivo observa-se não só nas cidades como fora
delas: é frequente encontrarem-se na estrada casas de chá, restaurantes regionais
e inclusivamente habitações onde o sentido estético constitui preocupação
permanente e incentivada. Os edifícios das cidades amplas e modernas; as
cidades praticamente reconstruídas das ruínas da 2ª Grande Guerra. Os
transportes públicos de grande eficiência. As pessoas denotam uma tranquilidade
espantosa que nos pareceu sinal de bem-estar e de confiança no futuro.
(Blasco
Hugo Fernandes, Viagem à R.D.A.,
Lisboa, 1975, pp. 11-12)
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