Não
percebo porquê, mas as notícias sobre o PhotoEspaña não dão o devido destaque à melhor exposição que por lá está, uma retrospectiva de Vivian Maier na
Fundação Canal. Só por isso, já vale a pena ir a Madrid, pois
em Lisboa dificilmente veremos a Maier e o seu génio discretíssimo. Julgo que também não foi dado
o merecido relevo à morte, ocorrida há pouco, de um mestre dos mestres, Fan Ho.
Chamavam-lhe o «Cartier-Bresson de Hong-Kong», o que é uma forma muito
disparatada de definir a sublime beleza das fotografias de Fan Ho, que fez o
elogio da sombra naquela cidade assombrosa. No entanto, mais do que as sombras
agrestes, o que mais me fascina a mim –pobre amador e ignorante completo – na
obra de Fan Ho é a delicadeza da luz
coada, filtrada por vidros e panejamentos, caindo sobre ruas buliçosas ou águas ondulantes. Uma luz
fina, subtil, que torna Fan Ho um caso muito sério e muito belo da street photography do Oriente Extremo. Como sempre o que vem de lá, esta foi trazida pelo Pedro, a quem agradeço muito. Site oficial do fotógrafo, aqui.
não fazia ideia que tinha morrido. obrigada pelo post.
ResponderEliminarque fotografias maravilhosas!
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