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Da Oficina do Livro saiu, claro, mais um livro.
Desta feita, S.O.S. Angola. os Dias da Ponte Aérea (14,90 €). Trata-se, diz-nos a badana da obra, de «um livro dramático e enternecedor, que revela cada pormenor desta epopeia e evoca as tragédias pessoais de quem teve de sair de África sem nada em direcção a um país desconhecido que, ainda por cima, acabara de viver uma revolução».
A autora, Rita Garcia. Galardoada em 2003 com o Prémio Henrique de Barros. |
A autora desta obra de investigação histórica, Rita Garcia, nasceu em 1979, no mês de Julho. Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, começou a trabalhar como jornalista em 2000, no site Desporto Digital. Integrou a equipa da revista Focus e, como freelancer, colaborou no DNa, na Notícias Magazine e na Pais & Filhos. É repórter da revista Sábado desde 2005. Foi galardoada com o 2º Prémio Henrique de Barros, atribuído pelo Parlamento Europeu em 2003, e com o Prémio de Jornalismo Novartis Oncology, em 2008.
Rita Garcia realizou diversas entrevistas para escrever esta obra. A dado passo, conta-nos a história da família Teles, obrigada a fugir de Angola rumo à antiga capital do Império. E, a páginas 21-22, é-nos contado em discurso indirecto (leia-se: pela pena da autora) o nascimento da menina Cátia Teles: «A filha Cátia nasceu a 24 de Abril de 1974, um dia antes da revolução que lhes trocaria os planos. A notícia chegou mais uma vez pela Rádio Brazzaville: uma coluna militar saíra das Caldas da Rainha a caminho de Lisboa» (pp. 21-22).
Uma coluna militar saíra das Caldas da Rainha?! Mas então a nossa repórter-historiadora põe o grande Salgueiro Maia a marchar sobre Lisboa vindo das Caldas? E onde fica a imortal Escola Prática de Cavalaria de Santarém? No Cartaxo? Rita Garcia, pelos vistos, não sabe o que foi o 16 de Março e confunde-o com o 25 de Abril. Sim, nasceu em 1979, é moça jovem, não viveu os factos. Mas, ao abalançar-se a escrever sobre a ponte aérea Angola-Lisboa de 1975, num livro sem dúvida interessante e importante, conviria ter presente que existe uma ligeiríssima diferença entre a revolução de 25 de Abril e o falhado golpe de 16 de Março. Esse, sim, é o das Caldas.
António Araújo
Caro António Araújo,
ResponderEliminardesde já agradeço a atenção que dedicou ao meu livro. Gostaria de lhe enviar uma mensagem de email, caso me ceda o seu endereço.
Cumprimentos,
Rita Garcia
Cara Rita Garcia,
EliminarDesculpe só agora responder, ao fim de tantos tempo.
O mail é: malomil.brindes@gmail.com
Cordialmente,
António Araújo
Acabo de saber que a sra. jornalista fez mais um livro sobre a matéria. Mas ficamos sem saber o que diz o email quanto aos lapsos cronológicos. Não me digam que é pessoal e intransmísivel.
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