sábado, 16 de novembro de 2013

Desculpas, no mínimo.

 
 



Este homem chamou “frígida” a uma mulher. O facto de este senhor ser deputado e o facto de essa mulher ser ministra não constituem nem agravante nem atenuante. Nada disso interessa, não transformemos isto numa questão política, mesmo que o insulto possa ter sido causado pela luta política. O que importa é o facto, singelo: Eduardo Arménio do Nascimento Cabrita escreveu, nas páginas de um jornal, que Maria Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque era "frígida". Espera-se, no mínimo, que quem proferiu este insulto peça publicamente desculpas – e já agora, que o jornal também peça desculpas, aos seus leitores e à mulher insultada.
 
 
 


          Não se aguarda que o partido de que este senhor é militante e deputado tome posição oficial ou condene o sucedido. Nem se espera sequer que se demita dos cargos públicos que ocupa. Basta apenas que Eduardo Cabrita peça desculpas a Maria Luís Albuquerque. É o mínimo. Se esse mínimo não for cumprido, aí, sim, o caso muda de figura – e o partido a que pertence, a direcção do respectivo grupo parlamentar, os seus colegas de bancada, a Assembleia da República ou quem for devem condenar e tirar todas as consequências relativamente a um homem que insulta e nem sequer pede desculpa.
 
 
António Araújo
 
 
 
 





7 comentários:

  1. nítido lapso de escrita/de linguagem (não sei qual o contexto original), meu caro.

    tempestades em copo de água, questões de lana caprina só mesmo quando se vive numa paradisíaca ilha e nada mais há de importante para elucubrar.

    engano! não conheço o visado. nada me move contra a senhora, enquanto mulher.

    cumprimentos

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  2. Engano...não se dá ao trabalho de rectificar.Sabe-a toda.

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  3. Qual a surpresa?
    Um dejecto boiante do Partido Sarjeta, como é da natureza das coisas.

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  4. Gostaria de ver se um insulto com alvo de género oposto, qualquer coisa como substituir "frígida" por "impotente", ia gerar igual indignação.
    Um passarinho diz-me que não. Mas posso estar enganado

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  5. Até porque a semântica é igualmente equívoca...

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  6. Só quem não assiste às sessões da nobre Assembleia da República se pode admirar deste tipo de linguagem. Provavelmente o senhor deputado nem sequer se deu conta de que se tinha excedido um bocadinho. Aposto que ainda recebeu umas palmadas nas costas, valente.

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  7. Caro António,

    Ricardo Rodrigues, também do PS, roubou um gravador, e foi filmado a fazê-lo. E que lhe aconteceu?

    Não é pois de esperar que Eduardo Cabrita venha a ser prejudicado por ser um ordinário.

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