«Todas
lhe servem, todas são amores, Uma porque é pequenina, papuda e branca, com
carnes de leite e olhos de lago; outra porque é loira, com cabelos de oiro,
espáduas de deusa, peito de estátua, porte de rainha, esplendente, marmórea;
outra porque é morena, fina e esbelta, com negros cabelos de ébano luzente;
outra porque é ladina e garota, o nariz arrebitado, a boca sensual, os olhos
brejeiros, toda em curvas, o pé provocante; outra porque é tímida e saltita
como levandisca; outra ainda porque… mas, nem ele sabe dizer porquê, tanto ela
é estranha, diabólica, infernal, como uma Vénus de Baudelaire.»
(Abel
Salazar, Um Estio na Alemanha, Coimbra,
1944, pp. 23-24).
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