Weinstein e a bajulação de Hollywood.

 

 

 

Harvey Weinstein foi condenado pelos tribunais americanos a 23 anos de prisão por diversos crimes sexuais. Não parecem restar dúvidas que o homem era um predador sexual, por muito que se manifestem exageros e oportunismos, desde que caiu em desgraça.

Mas o que é extraordinário é o clima de adulação, diria mesmo de bajulação, que havia em relação ao personagem em Hollywood.

Em 15 de Janeiro de 2012 em Los Angeles, na cerimónia de entrega dos “Golden Globes”, Meryl Streep foi premiada. No seu discurso de agradecimento começa por constatar que não trouxe os óculos e logo aparece Harvey a providenciar uns óculos que aliás acabam por não chegar à actriz. A segunda personalidade a ser reconhecida por Meryl é ipsis verbis Deus, ou seja, Harvey Weinstein.

 

 

 

Em 20 de Abril de 2013, também em Los Angeles, nos 24th GLAAD Media Awards, a oscarizada Jennifer Lawrence foi apresentadora da cerimónia, juntamente com Harvey Weinstein. As suas palavras são extraordinárias. Felicita Harvey pelo nascimento de um filho. E congratula-se por ele nos ter dado tudo quanto queríamos, um outro ele, another him. Depois, no meio de uns risos um tanto alarves da parte dele, Jennifer acrescenta referindo-se ao recém-nascido: Se for parecido com o pai será implacável, apaixonado e o melhor mentor que um aspirante a actor pode ter.

 

O prémio é atribuído a Bill Clinton que se junta ao grupo. Harvey exibe a sua intimidade com Clinton.

 

 

 

 

 

 

São dois casos, mas há muito mais.

José Liberato