terça-feira, 3 de março de 2020

Eu, a minha Mãe e ABL.














Graças à amizade de um grande e discreto amigo, fui passado domingo ver uma bela biblioteca, livros preciosos, grátis e de oferta :), nem tive de me beliscar nem acordar do sonho de uma longa lista de edições primeiras, lindíssimas, de Agustina Bessa-Luís. Dela não vou falar, porque Mãe não deixa, ABL é dela, e assim será para sempre (e eu respeito, Mãe, eu respeito). Só uma historiazinha nossa: ofereci-lhe Sebastião José quando era miúdo, com o prémio de um concurso desses florais do colégio (e a memória, que me atraiçoa sobre o que almocei ontem, traz-me inteirinhas e vivinhas todas as palavras do conto vencedor, obviamente pavoroso).

Anos depois, Mãe replicou com Santo António, assinado e dedicado por ABL, com uma «saudação amiga», vede lá.

Trazida pela minha Mãe, que Maria Joana se chama, a quem ABL deixou também muitas palavras belas, singulares só dela, em muitos livros, como um de que gosto tanto e que aqui mostro, Longos Dias Têm Cem Anos, sobre Vieira, com Arpad ao fundo.

E têm mesmo, Mãe: longos dias têm cem anos. Agora um beijo, claro.




P.S. e ainda em tempo – uma vez, tive a ventura de ver, nos esconsos de um livreiro amigo, uma caixote com a obra toda de ABL, em 1ª edição, pronta a ir para uma universidade da América. Maior ventura foi constatar que a colecção ABL da Mãe não lhe ficava atrás, muito pelo contrário. 
















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