Já aqui suspirei pela chegada de Verdes Anos, quando, de repente, não
mais que de repente, o PÚBLICO anuncia que o vai vender no próximo sábado, dia 16
de Maio. Por cinco euros. Estou a fazer publicidade, claro: quem nunca o viu,
não pode perder; quem já o viu e reviu, queria tê-lo, possuí-lo. E, já que
estamos em maré de publicidade, e a falar de Os Verdes Anos, um livro que se recomenda muito, muitíssimo. O Lugar dos Ricos e dos Pobres no Cinema e na Arquitectura Portuguesa. Da Dafne, grandiosa casa.
Para retirar um pouco a carga
comercial, o trecho do poema de Pedro Tamen, que diz assim, que é tudo:
Era
o amor
que
chegava e partia:
estarmos
os dois
era
um calor; que arrefecia
sem
antes nem depois…
Era
um segredo
sem
ninguém para ouvir;
eram
enganos
e
era um medo
a morte a rir
nos
nossos verdes anos…
O segredo, o engano, o medo... O riso da morte que antecipa a queda dos amantes.
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