Não
sei porquê, tenho a ligeira impressão que a crítica menospreza o trabalho de
Robert Doisneau. Talvez não acredite na veracidade das imagens. Ou desconfie da
vastidão imensa da obra. Ou, pura e simplesmente, acha o estilo delicodoce e
demasiado alegre para o gosto contemporâneo. No seu encantador lirismo, Doisneau é uma espécie de Norman Rockwell
da fotografia. Se dúvidas houvesse, a série Tableau
de Wagner dans la vitrine de la Galerie Romi, rue de Seine, de 1948, torna flagrante a afinidade entre o francês e
Rockwell – sobre o qual, reconheço, já me estiquei aqui para lá do que seria
razoável.
A
Joana Albernaz Delgado, feiticeira do PUFE, mandou-me a referência de um site que recolhe milhares de fotografias do acervo de Doisneau, existindo ainda uma infindável quantidade de negativos
por descobrir, por revelar.
Nas
suas palavras sábias, «cada um dos quadradinhos tem um mar de fotografias
maravilhosas». É isso mesmo. Obrigado, Joana.
Tem imagens bonitas e bem humoradas que não lembram a qualquer
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