Famílias
mais pobres obrigadas a pagar livros escolares
Por Joana
Capucho
Há muitas
famílias carenciadas que beneficiam da Ação Social Escolar obrigadas a adiantar
o dinheiro para a compra dos manuais escolares. No 7.º ano, por exemplo, a
despesa ultrapassa os 300 euros.
Há muitas famílias carenciadas que beneficiam dos
Serviços de Ação Social Escolar obrigadas a adiantar o dinheiro para a compra
dos manuais. No 7.º ano, por exemplo, a verba ultrapassa os 300 euros, uma
despesa difícil de suportar para muitos agregados familiares, que ficam semanas
à espera do reembolso. Neste ano de escolaridade, um aluno do escalão A recebe
uma comparticipação de 176 euros, que desce para os 88 nas famílias inseridas
no escalão B.
Muitos encarregados de educação pedem ajuda à Cáritas.
"Adiantamos o dinheiro e muitas vezes sem exigir retorno, porque quando
recebem das escolas precisam de satisfazer outras necessidades", conta
Eugénio Fonseca. Segundo o presidente da Cáritas, "há inclusive quem ainda
não tenha recebido o apoio correspondente à comparticipação dos livros do ano
passado." São casos residuais, ressalva, mas preocupantes. "E como é
que as famílias podem adiantar o pagamento se muitas vezes não têm dinheiro?
Recorrem à solidariedade de familiares ou de instituições." E há casos em
que o ano letivo começa sem que os alunos tenham os livros todos. "Isso
gera uma diferenciação social que marca muito."
Diário de Notícias, aqui
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