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Brandt sozinho |
Acompanhado de Matthias Wähner |
O original |
A manipulação |
Neste projecto fotográfico de 1994, intitulado Mann ohne Eigenshaften, Matthias Wähner revisita o título da conhecida obra de Musil, O Homem Sem Qualidades, e revista também algumas imagens marcantes do século XX, colocando-se ao lado de personalidades famosas. Os dirigentes soviéticos faziam desaparecer personalidades incómodas das fotografias; Matthias faz o inverso: é o intruso banal, que aparece onde não é chamado. Na banalidade, um prolongamento de Mr. Chance, de Peter Sellers, e, na intrusão, uma antecipação de Forrest Gump. Outros fotógrafos fizeram ensaios semelhantes de manipulação, como acontece com o chinês Zhao Shaoruo, que surge em diversos actos oficiais do regime comunista de Pequim. Neste domínio, o trabalho de manipulação mais engenhoso é, sem dúvida, o de Laura Baigorri, como bem refere Joan Fontcuberta no livro O beijo de Judas. Fotografia e Verdade, trad. port., 2010, pp. 115ss.
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