Poucos
empregados notam que os patrões reparam muito na maneira como eles trajam. Se
esses patrões quisessem usar duma franqueza – um pouco brutal talvez – para com
os candidatos que repelem, prestar-lhes-iam um inestimável serviço, porque um
rapaz pobre, criado numa pocilga, pode não ter sido nunca ensinado a cuidar da
sua pessoa e das suas roupas. O patrão deveria dizer-lhe: «Olhe, meu rapaz,
creio que lhe serei útil dizendo-lhe o motivo por que não posso admiti-lo;
ajudá-lo-ei assim a procurar outra colocação. Sou muito exigente no que diz
respeito à limpeza, ao trajo e aos costumes dos meus empregados. Os nossos
clientes não se põem em contacto comigo, mas com o pessoal que me representa
junto deles, e esses clientes julgam-me por aqueles que me rodeiam. Os meus
triunfos e os meus reveses dependem, pois, em grande parte, da impressão que os
meus empregados causarem à clientela; é por isso que os passo em revista com
frequência e não lhes tolero nenhum desalinho, nenhuma falta de limpeza. Se
percorrer o nosso estabelecimento, verá que nenhum deles traz as unhas sujas
nem os sapatos cheios de poeira; não será capaz de lhe encontrar uma nódoa de
gordura nos fatos, nem um colarinho menos limpo. A todos os meus empregados
recomendo o maior cuidado com os dentes e a nenhum permito que sirva um
cliente, se tiver os dentes cariados ou um hálito desagradável.»
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