domingo, 29 de setembro de 2013

Yasumasa Morimura.

 
 
 
 
 
 






 






 


Para quem gosta de recriações e apropriações, Yasumasa Morimura (n. 1951) é um nome grande, dos maiores. No extremo do travestismo, Morimura mete-se com e em tudo o que é ícone, desde a pintura clássica até às fotografias mais famosas do século XX. Tecnicamente, o exercício n não é fácil, por mais risível e kitsch que seja o resultado final. Mas até esse foleirismo parece ser desejado, para que assim melhor funcione a suprema subversão de todas as coisas. Obviamente, Morimura não consegue subverter o que quer que seja, pelo que uma avaliação da sua arte forçosamente concluirá que tudo não passa de uma idiotia lucrativa. Daí a sua importância enquanto súmula e retrato das artes plásticas dos nossos dias. Na sua esmagadora maioria, não passam disso mesmo, uma idiotia lucrativa. Já que vivemos num vazio lancinante, tornemo-lo um modo de vida, tanto mais proveitoso quanto mais famoso. Yasumasa Morimura, Damien Hirst, Joana Vasconcelos, tudo farinha do mesmo saco.

 



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