Mostrar mensagens com a etiqueta Igreja. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Igreja. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Os Magos de Sant’Eustorgio de Milão.


 


No seu conto que é antecâmara da Epifania, Sophia de Mello Breyner atribui a cada um d’Os Três Reis do Oriente – Gaspar, Baltazar e Melchior – uma história particular e sobretudo uma razão para partir em busca da estrela mais brilhante. Independentemente da verosimilhança, a busca dos Magos interpela-nos quer nas escrituras e na tradição canónica, quer na elegante prosa de Sophia.

O regresso dos Magos a sua casa está envolto em maior mistério. São Mateus, o evangelista que narra a Epifania, relata que “avisados em sonhos para não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro caminho” (Mt 2, 12) – o que, em si mesmo, comporta o desafio alegórico aos que encontram Cristo para que sigam por outro caminho, um caminho melhor, depois desse encontro.

Os Magos, três na tradição ocidental, doze na tradição cristã oriental, voltaram “ao seu país” mas, de acordo com diversas lendas não necessariamente compatíveis, foram depois martirizados. O destino dos seus restos mortais foi igual ao de tantas outras relíquias e passou pela intervenção arrebatadora da Augusta (e futura santa) Helena, a mãe do Imperador Constantino, que na sua peregrinação à Terra Santa de 326-28 não só descobriu a Verdadeira Cruz como levou de volta a Constantinopla aqueles que se transformaram nos mais preciosos tesouros da Cristandade.


Campanário da Basílica de Sant’Eustorgio, em Milão, com uma estrela no topo.


As ossadas dos Magos partiram poucos anos depois com Eustórgio, que fora a Constantinopla para ser confirmado como novo bispo de Mediolanum, a Milão imperial, e regressou em 344 a casa com as preciosas relíquias, num pesado sarcófago de mármore arrastado por dois bois que, às portas da cidade, caíram de cansaço.

Como parte do seu ambicioso programa de difusão da Fé, o Bispo Eustórgio ordenou a construção de várias basílicas, consoante a categoria dos santos que albergariam: uma para os profetas, outra para os apóstolos, outra para os mártires e outra para as virgens. Eustórgio morreu com fama de “defensor da Fé” e elogiado pelos seus contemporâneos, passando a ser venerado localmente. Das basílicas que mandou construir restam ainda três, resistindo à modernidade que parece rodear-nos e que ofusca o que resta de Mediolanum, então capital do Império Romano do Ocidente.

Foi na basílica dos mártires, construída no lugar onde os bois se cansaram, que Eustórgio mandou sepultar os Magos, tendo passado a ser conhecida como Basílica dos Três Magos. No alto do campanário lá está uma estrela, em vez da habitual cruz. No portal principal, a estrela volta a marcar presença, por cima de um fresco que representa a visita dos Magos. No interior da basílica, permanece o túmulo manifestamente primitivo, sem adornos subsequentes, e, contudo, quase vazio.


Interior da Basílica de Sant’Eustorgio, em Milão.


Túmulo dos Magos, no interior da Basílica de Sant’Eustorgio.



Arca com representações da Viagem dos Magos, da Visita ao Menino e da Visita a Herodes, que teria servido para levar as relíquias de Constantinopla para Milão, no interior da Basílica de Sant’Eustorgio.

 

Em 1162, o Saque de Milão às mãos das tropas do Imperador Frederico, o célebre Barbarossa, lideradas por Rainald von Dassel, arcebispo de Colónia, viu a quase destruição da cidade. O arcebispo regressou com as preciosas relíquias e ofereceu-as ao Imperador que, por sua vez, as deu à cidade de Colónia – onde são ainda hoje veneradas num precioso relicário que honra, além dos Magos, o arcebispo que saqueou Milão.

Quase 750 anos e muitas tentativas de reaver os Magos – ou o que deles resta – depois, Colónia devolveu a Milão alguns fragmentos ósseos em 1903. Voltaram ao túmulo e à basílica que, entretanto, tomara o nome do seu fundador, Sant’Eustorgio, e que permanece um local onde a Fé é, surpreendentemente, um legado palpável.

Os Magos não são, de resto, a única atração da basílica, nem tampouco os únicos mártires que honram a evocação primitiva. Apesar de fisicamente ligada à basílica e na continuação da capela-mor, a Capela Portinari é uma construção autónoma e sobretudo com um estilo e identidade próprios.

Foi contruída entre 1462 e 1468 por ordem de Pigello Portinari, o representante do portentoso Banco dos Médici em Milão. Embora a arquitectura seja inspirada da Sacristia Velha da Basílica de São Lourenço em Florença (panteão dos Médici), obra de Brunelleschi, a decoração da Capela Portinari é bastante mais exuberante e considerada um dos melhores exemplos do Renascimento lombardo.


Pigello Portinari, fundador da Capela Portinari, representado aos pés de S. Pedro Mártir.

 

Cúpula da Capela Portinari, na Basilica de Sant’Eustorgio.

 

Cúpula da Capela Portinari, na Basílica de Sant’Eustorgio.

 

A capela é toda ela uma homenagem a São Pedro de Verona ou São Pedro Mártir, o padroeiro dos inquisidores, recordado pela sua oposição feroz às heresias e que acabou… removido do calendário romano em 1969 com o argumento de que o seu culto era irrelevante internacionalmente, mas certamente vítima do espírito conciliador do Concílio.

Pedro de Verona, dominicano, que fora frade em Sant’Eustorgio e veio a ser nomeado inquisidor para a Lombardia pelo Papa, foi atacado em 1252 por um grupo de sicários, um dos quais lhe enterrou um machado no crânio. Pedro terá molhado os dedos no sangue e escrito na terra o primeiro verso do Credo dos Apóstolos – Credo in Deum – antes de cair morto. A cena foi de tal forma marcante que o assassino arrependido e convertido veio a ser, ele próprio, beatificado. A Pedro o martírio valeu aquela que continua a ser a canonização mais rápida da história, alcançada em apenas 11 meses.

A cúpula da capela é surpreendente pelas cores que decoram os dezasseis segmentos e que criam um efeito quase psicadélico. Nas paredes, os frescos recordam alguns dos milagres atribuídos a Pedro de Verona em vida, uma nuvem milagrosa que protege uma multidão de um calor tórrido, um pé amputado e recolocado, e o mais sugestivo, o Milagre da Falsa Madonna, quando o inquisidor desmascarou o Demónio que se tinha disfarçado de Nossa Senhora – e assim se apresenta uma desconcertante e falsa Nossa Senhora, com chifres.


Fresco da Capela Portinari, na Basílica de Sant’Eustorgio, representando Pedro de Verona a escrever a primeira linha do Credo dos Apóstolos com o seu sangue.


Fresco representando Pedro de Verona a obrigar o Demónio, disfarçado de Nossa Senhora, a revelar-se.


Sumptuosa arca tumular de S. Pedro Mártir, na Capela Portinari.

 

As Virtudes, representadas na arca tumular de S. Pedro Mártir.

 

Pormenor da arca tumular de S. Pedro Mártir.


Alguns dos temas repetem-se na sumptuosa arca tumular de Pedro de Verona, em mármore branco de Carrara, colocada já no século XVIII no centro da capela, mas que precede em um século a construção da Capela Portinari. De grande riqueza iconográfica, a arca tumular, datada em 1339 e assinada por Giovanni di Balduccio, é suportada por oito pilares em mármore vermelho, junto aos quais estão oito figuras femininas representando as virtudes teológicas e as virtudes morais.

A cada 6 de Janeiro, Dia de Reis, o cortejo histórico dos Reis Magos atravessa Milão, partindo da Catedral até à Basílica de Sant’Eustorgio, antiga Basílica dos Três Magos e lugar onde ainda se veneram, junto a um inquisidor martirizado. Qualquer dos dias do ano é, no entanto, um bom dia para visitar Sant’Eustorgio.

Ademar Vala Marques

6 Janeiro 2025

Fotografias: Novembro 2024




quinta-feira, 22 de junho de 2023

Abusos sexuais na Igreja em Portugal: o palco e os bastidores.

 




 

 

Clérigos e barregãs é uma história muito antiga, de um modo geral objeto de imensa tolerância, os senhores padres em Cabo Verde chegavam a ter dúzias de filhos e nas nossas paróquias da chamada interioridade eram muito comuns os vigários que vivam paredes meias com uma alegada irmã, e proliferavam os afilhados ou crianças ditas protegidas por não se saber do pai e da mãe, assim constava, a solicitude do senhor padre é que era importante. E já não vem à baila os Papas e os cardeais da Cúria que tinham bastardos, muitos deles bem tratados.

Dos anos 1970 para os anos 1980, esta estabilidade afetiva camuflada explodiu noutra dimensão, a pedofilia e, em menor grau, o padre pai de filhos. O dossiê ganhou volume e intensidade mediática, assentou-se a câmara na Igreja Católica, presume-se por razões do celibato dos padres e o encobrimento das vítimas, uma conspiração de silêncio que, como é hoje bem visível, gerou e continua a gerar uma enorme convulsão na Igreja Católica.

Em Nome do Pai, abusos sexuais na Igreja em Portugal, por Sónia Simões, Oficina do Livro, 2023, é uma reportagem em derredor de acontecimentos contemporâneos, mas onde o passado não foi esquecido. A escandaleira soou nos EUA, ao tempo de João Paulo II, e o Papa Francisco recebeu um farto processo onde Bento XVI igualmente tinha agido. A intensidade das denúncias levou a que o Papa Francisco convocasse, em fevereiro de 2019, uma reunião que não tinha precedentes, compareceram os presidentes das conferências episcopais do mundo com um ponto único na ordem de trabalhos: agir resolutamente para que nenhum dos crimes sexuais fosse doravante encoberto. Sónia Simões deixa bem claro que o alto clero português tem agido ao retardador, é uma história um tanto escandalosa, processos sinuosos de encobrimentos, até declarações públicas contrárias ao decidido em Roma.

Está ainda por esclarecer o que levou este alto clero a fingir quje escapava às obrigações da transparência, isto quando já 34 bispos chilenos tinham renunciado, houvera a investigação na Pensilvânia, soubera-se que um cardeal norte-americano era acusado, Irlanda, França, entre outros, as igrejas nacionais agiram celeremente, enquanto aqui se empatava. A autora, jornalista experimentada neste dossiê, desenvolve a sua narrativa a partir da história de Mariana, então uma jovem que cedera às promessas de um padre vinte anos mais velho e de quem teve um filho, fica bem claro quem e como andou neste jogo do empata. E que havia instruções para agir, havia, desde 2009 exisita um documento interno da Santa Sé com indicações expressas do que fazer, no caso de um padre que tenha um filho.

A grande surpresa veio com o relatório da Comissão Independente, os números eram demasiado violentos e indiciavam o encobrimento do alto clero, fazia-se o chamamento às vítimas abusadas, os traumas, os sentimentos de culpa, vergonha, nojo, revolta, perda de fé, até suicídio. É um desbobinar de histórias, avulta a pedofilia, houve pais que se dirigiram aos bispos, a solução adotada era transferir o padre.

Vamos então aos números. “A Comissão Independente cruzou 217 estudos sobre a generalidade dos abusos sexuais de crianças, elaborados entre 1980 e 2008, para perceber a incidência por género, deste tipo de crime na sociedade. E a conclusão é avassaladora. As estimativas feitas a partir de 331 amostras num total de quase 10 milhões de participantes revelam que 18 em cada 100 raparigas foi abusada sexualmente, assim como 8 em cada 100 rapazes foram igualmente vítimas. O abusador é, na maior parte das vezes, alguém que é próximo da vítima e em quem esta confia. Cenário propício a que, em grande parte dos casos, os crimes não acontecem apenas uma vez, mas perdurem no tempo, aproveitando o agressor para ir quebrando barreiras e escalar no tipo de abusos.”

A maior parte destes crimes não chegam às autoridades e, como é evidente, os crimes sexuais contra menores ocorridos no meio eclesiástico é uma fração deste tipo de crime em toda a sociedade. Só que os tempos mudaram, o encobrimento é cada vez menos possível, as vítimas sentem-se impelidas a denunciar os abusos sofridos e os números falam por si. “Em 2021, ano em que foram denunciados 828 crimes de abusos contra menores, a Polícia Judiciária – com competência exclusiva na investigação deste tipo de criminalidade –, deteve 270 suspeitos. Nesse ano, foram concluídos 351 julgamentos de abusadores sexuais e, em 397 arguidos, 293 foram condenados.” Como observa a autora, nos crimes em contexto religioso a incidência recai sobre o sexo masculino, a maioria das vítimas são rapazes. E aqui a autora disserta sobre as prerrogativas de poder que o padre abusador pensa que detém, no meio social e junto da vítima, como igualmente aborda o chamado problema da cura do abusador. A comissão francesa centrou uma boa parte da sua pesquisa no estudo do abusador. “Mais de metade dos padres entrevistados declararam ser homossexuais e alguns assumiram manter relações ativas com adultos da mesma idade. Uma das explicações mais comum para os abusos foi a necessidade de afeto ou intimidade com outras pessoas. Apontam-se culpar à própria Igreja ou mesmo à época que se vivia – uma característica dos abusadores em geral que raramente se sentem responsáveis pelos seus atos.”

Sónia Simões analisa detalhadamente o caso do padre José Anastácio Alves, de que houve conhecimento público quando se tentou entregar na Procuradoria-Geral da República, um longo historial abafado ou menorizado. E dá-nos conta da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, realizada em Fátima em 2019, era tempo efervescente e mandaria a lógica que o abuso de menores na Igreja fosse no mínimo objeto de debate. A reunião de Roma exigia um tratamento de choque. Tudo começou com a criação da Comissão de Proteção de Menores do Patriarcado de Lisboa, o alto clero procurou resistir aos propósitos da Comissão, só que o Papa Francisco voltou à carga, exigiu a nível universal, “procedimentos tendentes a prevenir e contrastar estes crimes que atraiçoam a confiança dos fiéis.” Após hesitações, formou-se a Comissão Independente. Descrevem-se ainda os casos que chegaram ao Ministério Público, a autora passa em revista como noutros países se estudam estes abusos, é um levantamento que nos faz pensar, era impossível a partir dos resultados da Comissão Independente não agir. Está em funcionamento o Grupo VITA – grupo de acompanhamento das situações de abuso sexual de crianças. Em abril deste ano a Igreja emite comunicado: “Entrámos agora numa nova fase. Estamos empenhados em prosseguir um caminho de reparação e prevenção para que seja possível garantir o devido apoio às vítimas e implementar uma cultura de cuidado e proteção dos menores e adultos vulneráveis.” E a autora termina o seu trabalho dizendo: “Passaram quatro anos desde o encontro em Roma e ainda estamos aqui.” Obra de inegável interesse para procurar estudar o que são os bastidores da Igreja Católica em Portugal.


                                                                                                Mário Beja Santos




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

São Cristóvão pela Europa (170).

 


 

Num dos pontos cimeiros da Serra de Montemuro, a 1141 metros de altitude, no território da paróquia de Felgueiras, concelho de Resende, é possível encontrar a capela de São Cristóvão.

Local de peregrinação, tem um enquadramento majestoso, caracterizado pelo silêncio e tranquilidade.

 


A capela tem a forma de uma mastaba oriental. O interior é austero. A imagem de São Cristóvão é de granito e o Menino que o Santo transportava no seu ombro já se perdeu no desgaste do tempo.





 

 Fotografias de 3 de Fevereiro de 2022.

 

José Liberato




sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

São Cristóvão pela Europa (169).

 


 

A freguesia de Gondomil pertence ao concelho de Valença e à diocese de Viana do Castelo.

O topónimo é muito antigo e parece de origem germânica.

O orago da paróquia é São Cristóvão.

A fachada da Igreja Matriz contém um nicho com o nosso santo:

 



Junto à igreja, um painel de azulejos recorda a escolha de Gondomil como um dos mais lindos nomes de terras:



No interior uma imagem no altar-mor:



 

Fotografias de 30 de Dezembro de 2021

 

José Liberato





terça-feira, 21 de dezembro de 2021

São Cristóvão pela Europa (167).

 

Uma nova incursão pelo Norte de Portugal permitiu identificar mais algumas imagens do nosso Santo.

A paróquia de Nogueira da Regedoura, situada no Concelho de Santa Maria da Feira e na Diocese do Porto tem como orago São Cristóvão.

O Santo figura no Brazão da freguesia:





Naturalmente o nosso Santo está bem representado na Igreja Matriz:

 


Na fachada um azulejo:

 


E no altar-mor uma imagem:




 

Bordejando o rio Douro, Espadanedo, no concelho de Cinfães e na diocese de Lamego, também tem São Cristóvão como padroeiro:

 


No altar-mor:

 



 

No tecto da Igreja está pintada a figura de São Cristóvão, curiosamente reproduzindo os traços da imagem do altar-mor:



E no exterior, na rua que conduz à Igreja, um nicho:




 

Fotografias de 19 de Dezembro de 2021

 

José Liberato






quarta-feira, 17 de novembro de 2021

São Cristóvão pela Europa (166).


 

Armamar é um lindíssimo concelho que pertence administrativamente ao distrito de Viseu, integra o território da diocese de Lamego mas que sobretudo se integra na famosa região do Douro.

Encontrei, também por lá, o nosso Santo.

Em primeiro lugar, na freguesia de Contim, onde foi erguida uma estátua de São Cristóvão:

 


A Igreja Matriz de Arícera dispõe de uma bela talha dourada e é mesmo dedicada a São Cristóvão:

 




Finalmente, em Travanca existe uma capela de São Cristóvão dispondo de uma imagem, de uma pintura no tecto e de um vitral:

 




Fotografias de 6 de Novembro de 2021.

José Liberato

 





terça-feira, 9 de novembro de 2021

São Cristóvão pela Europa (165).

 

 

De tanto procurar longe, tanto na Itália como na Áustria, às vezes esquecemo-nos de prestar atenção a paragens mais próximas.

No Estoril, mais propriamente no Monte Estoril, em frente da Igreja de Santo António, ergue-se, junto à Estrada Marginal, o Casal de São Roque.

Em cima de uma das garagens, um magnífico painel de azulejos, representando o santo protector dos automobilistas e viajantes:

 




Fotografias de 19 de Outubro de 2021 

José Liberato



segunda-feira, 18 de outubro de 2021

São Cristóvão pela Europa (164).

 


Regressemos à Pátria.

Ao Distrito do Porto.

Já aqui falei da extraordinária Igreja românica de Rio Mau no concelho de Vila do Conde.

Sendo de muito pequena dimensão, houve necessidade de construir uma nova igreja. Nela existe uma imagem proveniente da igreja antiga embora certamente mais moderna:

 


 

Ainda em Rio Mau, um azulejo numa casa particular:

 



Em Lousada, freguesia de Sousela, um lindíssimo e desconhecido conjunto de duas capelas, uma dedicada a São Cristóvão dos Milagres outra a Santa Águeda:





A construção das capelas remonta à segunda metade do Século XVII e relaciona-se com o rebentamento de uma fonte de água no local que de imediato suscitou devoção popular.

É muito curiosa a escolha de São Cristóvão como invocação desta capela em época em que a sua popularidade já estava em declínio. Talvez se relacione com a água.

Dentro da capela, um belo retábulo com a imagem do Santo:

 



Fotografias de 15 de Setembro de 2021

 

José Liberato