Mostrar mensagens com a etiqueta Irlanda. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Irlanda. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 29 de março de 2021

quinta-feira, 25 de março de 2021

A Primavera do nosso desconfinamento (!)

 

 

des·con·fi·nar 
(des- + confinar)

verbo transitivo, intransitivo e pronominal

Tirar ou sair de isolamento ou clausura.

 

Ilustrações de viagem. Inspiração para o desconfinamento prometido.  

 















 

Parque Nacional de Connemara, República da Irlanda. 

Fotografias de Ademar Vala Marques (Agosto 2019).




quinta-feira, 7 de março de 2019

Aleluia!



 



gatos e ratos no Book of Kells
 
     Acredito e admito que o vídeo mictório-carnavalesco apresentado pelo Presidente da Federativa seja, digamos, um pouco mais palpitante. Mas de repente, não mais que de repente, a vida vira num segundo e chega outra notícia. Comparado com ela, o vídeo mictório-carnavalesco irá ser esquecido dentro de dias, e ainda bem. É que o Book of Kells está connosco há uns bons anitos, mais de mil anitos. E todos os anitos é visto por um milhão de pessoas, entre as quais a que agora escreve. O Book of Kells tem gatinhos e ratinhos e outros mil encantamentos, mil encantamentos(sobre os gatinhos do livro, aqui). Agora, sem ter que ir à biblioteca do Trinity College (mas já agora vá, George Lucas tentou filmar aí um episódio de Star Wars), sem ter que ir à biblioteca do Trinity College, repito, todo o Livro de Kells está à sua disposição, uma tapeçaria de letras e ornatos para desfrute minucioso, atento a pormenores infindos (notícia aqui). Já aqui falei uma vez do denso Manuscrito Voynich. Agora, senhoras e senhoras, o Livro de Kells, inteirinho, piramidal digital, AQUI

 









sexta-feira, 28 de julho de 2017

Obama cares.


 
 
         Mais extraordinário do que Obama ter ascendência irlandesa é o comércio que se montou em torno dessa genealogia gaélica do antigo Presidente norte-americano. Saindo de Dublin, numa área de serviço na auto-estrada, a Obama Plaza. Foi ali, por bandas de Moneygall, que terá nascido um antepassado de Barack, ligação que foi descoberta em 2007, quando Obama era uma estrela ascendente do Partido Democrata e, claro, vinha mesmo a calhar um apoio do eleitorado de origem irlandesa. Isto para não falar, claro, do paralelismo com Kennedy, sempre oportuno.

 
 
         Em Moneygall, uma aldeiazita que conta actualmente com 298 alminhas, vivia um sapateiro de 19 anos chamado Falmouth Kearney, que embarcou rumo à América para fugir à Grande Fome e desaguou em Nova Iorque aos dias 20 do mês de Março de 1850. O seu pai, aliás, já tinha emigrado no ano anterior. Dois depois de assentar nos Estados Unidos, Falmouth casou com Charlotte Holloway. Em 1860, viviam em Deerfield, no Ohio, mas o censo de 1870 já mostra o casal a residir em Tipton County, Indiana. Charlotte Kearney morreu 1877 e, no ano seguinte, o marido também faleceu. Deixaram três filhos e cinco filhas. Uma delas, Mary Anne, teve um neto chamado Stanley Armour Durham, cuja filha deu à luz, em Agosto de 1961, um rapazito de nome Barack Hussein Obama.
 








 



 
 
 
Fotografias de António Araújo

 
         Numa visita à Irlanda (onde Trump tinha ou tem alguns campos de golfe…), Obama e Michelle fizeram questão de ir a Moneygall. Foi uma festa! Bebeu uma Guinness, claro, conviveu com o povo, e a partir daí fez-se um museu, onde até se guarda a ementa da refeição com que o casal presidencial foi brindado. Houve assinaturas de livros de honra e, claro, o local tornou-se uma atracção turística, a um ponto tal que não podemos deixar de, no mínimo, sorrir com tanto kitsch e merchandising. Até moedas comemorativas de Obama se podem cunhar, numa daquelas máquinas que encontramos nas catedrais da Europa ou em castelos imponentes. O busto de Kennedy, a caneca por onde bebeu cerveja, o retrato-robô do seu antepassado, uma estrela no chão como em Hollywood, bandeiras irlandesas e americanas, estamos em Obama Plaza (http://barackobamaplaza.ie/), um local improvável. Por isso, repetimos: o mundo é um lugar estranho.
 
António Araújo