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sábado, 13 de outubro de 2018

De profundis.

 
 



O governo entrega tudo ao Souto Moura e ao Siza e a mim não me entrega.

 
Tomás Taveira, entrevista ao jornal Sol, de 13/10/2018

 

De profundis.

 
 
 
Nunca quiseram reconhecer o seu valor em Portugal?
 
Os preconceitos eram fortíssimos, um indivíduo que vinha do lumpenproletariat não tinha direito a subir na vida.
 
Tomás Taveira, entrevista ao jornal Sol, de 13/10/2018
 
 

De profundis.

 
 



Até hoje não me tenho dado mal. Algum dia que me dê mal dou um murro e acabou a conversa. E estou preparado para morrer amanhã ou depois, não tenho qualquer relação esquizofrénica com a morte.

 
Tomás Taveira, entrevista ao jornal Sol, de 13/10/2018


De profundis.

 



E os alunos odiavam as suas aulas?
 
Nunca lhes perguntei. Eu dei aulas gloriosas, em que misturava a pintura com a escultura e com as diferentes tendências de música. Isso fascinava-me, mas acho que nunca ninguém percebeu o que eu disse.
 
 
Tomás Taveira, entrevista ao jornal Sol, de 13/10/2018
 
 
 

De profundis.

 
 



Nos últimos anos houve alterações no interior do shopping das Amoreiras, no sentido de tornar o ambiente mais escuro, mais sóbrio. Como viu isso?
 
Aquilo sempre me fez lembrar um bordel chinês.  
 
Tomás Taveira, entrevista ao jornal Sol, de 13/10/2018

De profundis.

 
 



Mas não ganhou [o Prémio Pritzker]
 
Porquê? Porque o Jay Pritzker era judeu e o Siza também.
 
Tomás Taveira, entrevista ao jornal Sol, de 13/10/2018



 

De profundis.

 
 



Como é a sua casa? É uma casa “de arquitecto”?
Diria que sim, tem muita pintura, tem esculturas. Então a minha casa da D. João V… Sou divorciado e ainda não fizemos as partilhas porque a minha ex-mulher diz que é tudo dela e eu não consigo lá entrar. Aí até tenho esculturas do Salvador Dalí, pinturas que nunca mais acaba, da Paula Rego… Os meus filhos ainda eram pequenos e deixei tudo lá em casa, para manter o ambiente, para manter o status, que era muito elevado. À minha casa iam jantar o Balsemão, o Mário Soares… É uma casa de 500 metros quadrados, só o hall tem 35. Para chamarmos a empregada tínhamos de telefonar.
 
Tomás Taveira, entrevista ao jornal Sol, de 13/10/2018
 


 

domingo, 6 de setembro de 2015

De profundis.

 
 




 
E há que pensar um bocadinho nos turistas – que nos visitam cada vez em maior número e têm um peso importante na nossa economia, dando emprego a muita gente. É que, se nós já estamos habituados a um certo grau de sujidade, e fechamos os olhos a certas situações menos recomendáveis, os estrangeiros que nos visitam – muitos deles vindos de países mais a Norte, com outros hábitos de higiene – sentem-se chocados.  
(José António Saraiva, Sol, de 4/9/2015)


De profundis.

 
 

 
Devo dizer que a preocupação excessiva com a limpeza me incomoda. Não por gostar da sujidade, como é evidente, mas porque somos um país latino, com largas zonas colonizadas pelos árabes, pelo que não podemos comparar-nos aos povos do norte – onde tudo é clean e bacteriologicamente puro.
(José António Saraiva, Sol, de 4/9/2015)

De profundis.

 



Quem vai a uma casa de banho e encontra o chavascal em que algumas se encontram, dificilmente terá vontade de voltar a esse sítio.
(José António Saraiva, Sol, de 4/9/2015)

De profundis.

 
 



Uma casa de banho limpa dá-nos uma imagem positiva do sítio onde estamos, Mostra asseio, preocupação com os visitantes (sejam portugueses ou estrangeiros) e um certo desenvolvimento civilizacional.
(José António Saraiva, Sol, de 4/9/2015)


De profundis.

 
 


(…) mesmo sendo compreensivo em relação a uma certa falta de asseio, fiquei chocado um dia destes com a situação que encontrei na casa de banho de um restaurante razoável da periferia de Lisboa, onde vão pessoas a classe média.
(José António Saraiva, Sol, de 4/9/2015)


domingo, 22 de abril de 2012

De profundis - XII

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Julia Fullerton, The Wedding Day, 2012




«Quando as mulheres começam a olhar a vida em casa como uma escravatura, é natural que procurem alternativas fora da família. E elas agora existem. Antes, as mulheres casadas ficavam fechadas em casa e não conheciam ninguém. Mas hoje conhecem muita gente, privam no emprego com muitos homens, têm mais oportunidades, têm mais independência financeira, têm termos de comparação em relação aos maridos – e, portanto, quando uma mulher começa a ver o marido como um chato, como um peso que não ajuda na lida da casa e a quem, ainda por cima, tem de lavar a roupa e fazer a comida, é fácil projectar os seus sonhos num companheiro de emprego.
E daí a tomá-lo como amante vai um pequeno passo. A casa e o marido são o lado aborrecido da vida, o amante é uma fonte de prazer».

José António Saraiva, Sol/Tabu, de 23/03/2012



domingo, 15 de abril de 2012

De profundis - X






«Nas relações homossexuais há um niilismo assumido, uma ausência de utilidade, uma recusa do futuro. Impera a ideia de que tudo se consome numa geração - e que o amanhã não existe.







 
De resto, o uso de roupas pretas, a fuga da cor, vão no mesmo sentido em direcção ao nada».

(José António Saraiva, Sol/Tabu, de 5/034/2012). 


quarta-feira, 11 de abril de 2012

De profundis - IX

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«À minha frente, no elevador, está um rapaz dos seus 16 ou 17 anos. Pelo modo como coloca os pés no chão, cruza as mãos uma sobre a outra e inclina ligeiramente a cabeça, percebo que é gay.»


(José António Saraiva, Sol/Tabu, 5/4/2012)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

De profundis - VIII



Carleton Watkins (1829-1916)




«Toda a gente é unânime em considerar (...)»

(António Sousa Homem, «Em Certos Aspectos», Correio da Manhã/Domingo, de 26/2/2012, p. 16).

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É sempre reconfortante saber que, para o doutor Sousa Homem, alguma gente poderia não ser unânime. Quando todos são unânimes, ficamos todos mais descansados.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

De profundis - VIII

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Carleton Watkins (1829-1916)



«Publicar é uma exigência do próprio poema que é maior do que o poeta, que se desliga dele e vai ao encontro de outros»

(José Tolentino de Mendonça, Notícias Magazine)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

De profundis - VII

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«Quanto mais conhecemos a obra de Pessoa mais nos convencemos da sua genialidade. Era um homem com um universo interior semelhante a uma mina cuja riqueza nunca se esgota»
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(José Cabrita Saraiva, «Corte & Cultura», Sol/Tabu, de 24/2/2012)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

De profundis - VI

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Carleton Watkins, 1876


«Penso não estar muito longe da verdade se disser que a devastação provocada na Europa pela II Guerra Mundial foi a grande responsável pelo actual culto do património. Aliás, se não me engano, a UNESCO, a agência das Nações Unidas para a educação e a cultura, nasceu precisamente na ressaca da guerra. Desde então, o conceito de património passou a abranger o património industrial - máquinas, minas e até fábricas inteiras. Depois o património natural. E, por fim, o património imaterial, ou intangível, que pode dizer respeito à história oral de um povo ou a um género musical regional, como o fado»

(José Cabrita Saraiva, «Por favor, não tocar», Sol/Tabu, de 10/02/12, pág. 54)
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Wikipedia: UNESCO and its mandate for international intellectual co-operation can be traced back to the League of Nations resolution on 21 September 1921, to elect a Commission to study the question. The International Committee on Intellectual Co-operation (ICIC) was officially created on 4 January 1922, as a consultative organ composed of individuals elected based on their personal qualifications. The International Institute for Intellectual Cooperation (IIIC) was then created in Paris on 9 August 1925, to act as the executing agency for the CICI. On 18 December 1925, the International Bureau of Education (IBE) began work as a non-governmental organization in the service of international educational development. 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

De profundis - V

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Carleton Watkins (1829-1916)



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«A poesia é quase sempre capaz de nos revelar o futuro (e o passado). Poetas são uma espécie de xamãs - em geral, um pouco mais discretos, e certeiros. Acredito mais em versos do que em búzios»

(José Eduardo Agualusa, «Os Meus Personagens», Ler. Livros & Leitores, Fevereiro de 2012, pág. 14).