domingo, 22 de abril de 2012

De profundis - XII

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Julia Fullerton, The Wedding Day, 2012




«Quando as mulheres começam a olhar a vida em casa como uma escravatura, é natural que procurem alternativas fora da família. E elas agora existem. Antes, as mulheres casadas ficavam fechadas em casa e não conheciam ninguém. Mas hoje conhecem muita gente, privam no emprego com muitos homens, têm mais oportunidades, têm mais independência financeira, têm termos de comparação em relação aos maridos – e, portanto, quando uma mulher começa a ver o marido como um chato, como um peso que não ajuda na lida da casa e a quem, ainda por cima, tem de lavar a roupa e fazer a comida, é fácil projectar os seus sonhos num companheiro de emprego.
E daí a tomá-lo como amante vai um pequeno passo. A casa e o marido são o lado aborrecido da vida, o amante é uma fonte de prazer».

José António Saraiva, Sol/Tabu, de 23/03/2012



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