Dizer que há tantos lotes de Estações
quanto compositores é um exagero. Não é um enorme exagero. É muita alma,
idiossincrasia e imaginação a trasnspôr para a pauta os sons, as cores, as
sensações e efeitos da Primavera, do Verão, do Outono e do Inverno. Em música,
o ano é sempre sensacional.
Quatro Estações há muitas, portanto.
Resmas. Agora, é googlar e ver o que sai: 3…2…1… Vivaldi. Antonio Vivaldi.
Ponto. Cadê o resto? Cadê as outras?
Mas ele há Vivaldis e Vivaldis.
Resmas. É muita alma, idiossincrasia e imaginação a fazer sua aquela partitura
do Antonio.
Há a interpretação assim e assado,
leve e pesado, lento e apressado, cozido e frito, colorido ou a tender para o cinzentito.
Depois há as reduções, as subtrações,
as comutações: tira os sopros, deixa as cordas -- a ver se o Outono não fica
mais outonal, sei lá.
E, por fim, há as brincadeiras e as
recomposições: o que nos podemos divertir com isto, ou inventar e imaginar a
partir disto -- como luz refratada num copo.
Ao Outono de Vivaldi, então (III. Allegro).
1.Interpretações de eleição: a de
Nemanja Radulovic com a Double Sens Orchestra. Há valores afirmados, como a de Amandine Beyer com Gli
Incogniti. Mas esta de Radulovic (em baixo) é -- como dizer -- tão a
minha favorita.
2. Brincadeiras: Les Saisons amusantes, de De Nicolas Chedeville, por Jean Pierre
Rasle com o Palladian Ensemble.
3. Recomposições: a de Max Richter,
por Daniel Hope com a Konzerthaus Kammerorchester Berlin
1.
2.
3.
Manuela Ivone Cunha
Das três versões que nos ofereceu a que gostei mais foi a terceira de Max Richter e recordei-me de mais duas versões de que gosto bastante, sendo uma de Nigel Kennedy e a outra de Trevor Pinnock (a minha favorita em instrumentos da época). No entanto vou tentar escutar o álbum de Max Richter.
ResponderEliminarMuito boa noite!
Paula e Rui
Nigel Kennedy já aqui esteve na Primavera (Vivaldi!) :)
EliminarE Pinnock é um clássico, sem dúvida
Ao escuta o álbum de Max Richter e a sua revisão de Vivaldi no Spotify, recordei-me de dois outros álbuns: Brian Eno e Gavin Bryars na sua revisão do "Canon" de Pachelbel e a influência da música de Purcell na obra de Michael Nyman.
ResponderEliminarObrigado por estas sugestões.
Muito boa tarde!
Obrigada pelo comentário e pela lembrança de Eno/Bryars
Eliminare calha dizer que a Paula e o Rui são bons e velhos amigos, de há muito, muito tempo (sim, José Cid)
ResponderEliminarAntónio Araújo