Nos
últimos dias de Setembro e primeiros de Outubro voltei a integrar um grupo
organizado pelo Le Monde integrando diplomatas, jornalistas e leitores do
jornal. Desta vez, o objectivo da viagem era a descoberta do Usbequistão.
O
Malomil gentilmente acedeu a publicar umas crónicas dessa visita.
Já
antes aqui publiquei Hotel Rwanda (sobre o Ruanda), A porta do Oriente (sobre o
Líbano), Entre Oriente e Ocidente (sobre os Balcãs) e Argélia: tempo da
Fraternidade? (sobre a Argélia).
O
Usbequistão (ortografia em Português do Dicionário da Academia das Ciências)
situa-se no centro da Ásia Central. E o pleonasmo à volta do Centro é mesmo
justificado. Com efeito, proclama-se no país que o Usbequistão é o único país
do Mundo que, não tendo acesso ao mar, é rodeado por países que também não têm
acesso ao mar. Evidentemente que para o raciocínio estar correcto é preciso
excluir o Mar Cáspio que é, apenas, um mar interior…
O
Usbequistão é cerca de 5 vezes o tamanho de Portugal, tem 33 milhões de
habitantes e está rodeado pelo Cazaquistão o Turquemenistão, o Afeganistão e a
Quirguízia e o Tadjiquistão.
Como
entidade política e com esse nome foi criado quando em 1924, Josef Estaline, na
altura Comissário do Povo (Ministro) das Nacionalidades, resolveu dividir o que
até então se chamava Turquestão em quatro entidades políticas diferentes com
base nas etnias predominantes.
Tachkent
é a capital. Um facto importante e pouco conhecido é que era a quarta cidade da
antiga União Soviética depois de Moscovo, São Petersburgo, e Kiev. Hoje é a
maior cidade da Ásia Central.
Em
Tachkent não resta muito do período pré soviético.
O
Memorial da II Guerra Mundial, contendo os nomes de todos os mortos usbeques e
o túmulo de um soldado desconhecido, foi construído num estilo tradicional. Uma
escultura representa a dor da Mãe Pátria, tendo em frente uma chama permanente.
O
Monumento à Independência foi erigido onde antes estava um monumento de Lenine.
Não será de um gosto extraordinário, mas dá para avaliar a evolução do regime
soviético para a actualidade.
Ainda
há vestígios do período czarista. O palácio Romanov foi a residência do
Grão-duque Nicolau Konstantinovitch, sobrinho do Czar Alexandre II e, portanto,
primo direito do último czar Nicolau II, exilado pela corte após um escândalo
envolvendo joias da família.
Fotografias
de 25 de Setembro de 2024
Usbequistão, pouco ou nada nos diz, mas o que fica com as imagens do nosso repórter é que valerá a pena ser visitado, obrigado mais uma vez pela partilha.
ResponderEliminarBoas viagens.
Um abraço...
Belíssima crónica! fico com vontade de conhecer! obrigado pela partilha.
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