Tipasa
é uma cidade costeira situada a 60 quilómetros a Oeste de Argel. É citada por
Plinio o Antigo como tendo passado a usufruir do direito romano no ano 46 por
decisão do Imperador Cláudio.
Antigo
entreposto fenício, foi colónia romana, cristianizada, saqueada pelos Vândalos,
conquistada sucessivamente por Bizantinos e Árabes.
Os
vestígios arqueológicos estão omnipresentes.
O
Museu é soberbo seja pelos mosaicos seja pelos sarcófagos romanos.
As
ruínas são extensas e de uma beleza notável dada a proximidade do mar.
Comecemos
pelo Museu.
O
chamado Mosaico dos Cativos foi criado entre o Século II e o III e provém da abside
da basílica judiciária que era um grande edifício semirreligioso onde se
aplicava a justiça.
Representa
o levantamento das populações autóctones contra a ocupação romana. Sob forma de
losangos podem ver-se africanos, habitantes de Tipasa ou outros grupos étnicos.
Ao centro, uma família cativa de mãos atadas, o chefe da família sentado em
cima de um escudo.
É um notável documento histórico.
O
mosaico Paz e Concórdia, do Século IV, já da época cristã, exibe diversos
exemplares de peixes mediterrânicos. Era a cobertura de uma sepultura, onde era
hábito os familiares fazerem refeições.
O
sentido da inscrição pode ser interpretado do seguinte modo, pressupondo que o
símbolo em cima ao meio se refere a Cristo: Em Cristo nosso Deus, que a Paz
e a Concórdia presidam à nossa refeição.
O
Sarcófago de Pelops e Hipodâmia do Século II, em mármore branco, é um dos mais
belos que se podem ver em África.
A
lenda passa-se em Pisa e relaciona-se com uma corrida de quadrigas cujo
vencedor tinha como prémio uma bela princesa, Hipodâmia.
O
Sarcófago dos Centauros Marinhos e das Nereidas, também em mármore branco,
apresenta uma decoração alegórica do mundo marinho. É datado do Século III.
A
concha ao centro deveria vir a ter a face do sepultado. Não está terminada:
Estela
de um lanceiro batávio em pedra calcária do Século III.
Fotografias
de 18 de Outubro de 2023.
José
Liberato
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